O Secovi-SP e a Aelo (Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano), em parceria com a consultoria da Brain – Bureau de Inteligência Corporativa, divulgaram o resultado da Pesquisa do Mercado de Lotes Urbanizados no Estado de São Paulo referente ao segundo trimestre de 2020. Os dados mostram que as 65 cidades pesquisadas lançaram 3,9 mil lotes residenciais no período, divididos em 12 loteamentos – média de 326 lotes por empreendimento. Comparado a igual trimestre do ano anterior, quando foram lançados 7,9 mil lotes, houve uma redução de 51%, resultado impactado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e a quarentena iniciada em meados de março.
Ao considerar todo o primeiro semestre de 2020, a pesquisa apurou o lançamento de 10,9 mil lotes, quantidade 25% inferior ao mesmo intervalo de 2019, quando haviam sido lançados 14,6 mil lotes. Mesmo com os efeitos do distanciamento social, os 3,9 mil lotes lançados no segundo trimestre de 2020 somaram um VGL (Valor Global Lançado) de R$ 346 milhões e, considerando o semestre, os lançamentos totalizaram R$ 968 milhões.
Para Caio Portugal, vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP e presidente da Aelo, o mercado de lotes urbanizados tende a crescer neste segundo semestre, pois o lote se mostra um produto imobiliário com valor mais acessível. “Os loteamentos, abertos ou fechados, propiciam acesso a áreas verdes, espaços ao ar livre e ambientes seguros para os moradores terem contato com a natureza, requisitos que ganharam destaque acentuado durante o distanciamento social. Essas características já eram percebidas pelo consumidor, mas ficaram cada vez mais explícitas, assim como a necessidade de um ambiente confortável para o home office”, comenta.
Loteamentos lançados – No primeiro semestre de 2020, a Região Administrativa de São José do Rio Preto – que também contempla, nesse caso, os municípios de Bady Bassit, Catanduva, Fernandópolis, Mirassol, Novo Horizonte, Santa Fé do Sul e Votuporanga – ficou na 1ª posição no ranking do Estado, com 2.640 lotes lançados. Em termos de VGL (Valor Global Lançado), a RA de Rio Preto ocupou a 3ª colocação, atrás de Campinas e Sorocaba, e movimentou R$ 161 milhões. Ao considerar os lotes vendidos no semestre, a região registrou a segunda maior comercialização, com 2.717 lotes, e o VGV (Valor Global de Vendas) foi de R$ 247 milhões.
O levantamento mostrou, ainda, que, no segundo trimestre de 2020, as cidades pesquisadas tinham 518 empreendimentos com lotes disponíveis para venda, lançados a partir de julho de 2014. Esses loteamentos totalizaram 187,7 mil lotes lançados, dos quais 35,1 mil ainda estavam disponíveis para venda em junho de 2020. Das unidades em estoque, 79% são de loteamentos lançados a partir de janeiro de 2017.
São José do Rio Preto concentrava, no período, cerca de 4,6 mil unidades para venda. “Os dados são extremamente importantes para a tomada de decisão. Além de mostrar o crescimento do setor, as informações também serão úteis para municiar o empreendedor acerca dos investimentos necessários para a área e para o consumidor entender melhor o mercado”, avalia Thiago Ribeiro, diretor regional do Secovi em Rio Preto, que acrescenta, ainda, o fato de haver um bom espaço para o mercado crescer na região.
Para conferir a pesquisa na íntegra, acesse