O Brasil já é o 5º país no ranking mundial de empreendimentos verdes, segundo dados do Green Building Council (GBC Brasil), responsável por fomentar esse mercado no país. Ainda de acordo com a instituição, este tipo de empreendimento que busca colaborar com o meio ambiente adotando medidas sustentáveis e ecologicamente corretas tanto na obra como no dia a dia representa apenas 1% do total de edificações construídas no país. No entanto, a procura por edifícios sustentáveis é crescente e cada vez mais pessoas buscam alternativas sustentáveis para suas casas e espaços de trabalho.

 

Em Cascavel, no Paraná, o primeiro residencial sustentável chama-se Rosa dos Ventos. De acordo com Laila Rotter, diretora de marketing da CSD Ideias, responsável pela criação do empreendimento, os sistemas de geração de energia solar e eólica possuem potencial para uma economia estimada de até R$ 1.000,00 por mês na conta de energia elétrica do condomínio.  A garantida deste sistema é de aproximadamente 20 anos, ou seja, ao longo de sua vida útil ele pode gerar uma economia de R$ 240.000,00 para o edifício, que é quase duas vezes o seu custo, detalha Laila.

 

Além da energia, a economia também é sentida no reaproveitamento da água da chuva, que possibilitará a irrigação das áreas verdes do edifício e lavagem das calçadas.  Isso tudo gera uma redução de gastos com o condomínio e manutenção de áreas comuns, complementa.

 

No apartamento

 

Além da economia em todo o prédio, a redução de gasto também ocorre de forma específica nos apartamentos: na conta de gás, em razão do aquecimento solar da água dos chuveiros; na conta de água, com o poço artesiano e na de energia elétrica, com a menor necessidade de iluminação artificial durante o dia e de uso de ar condicionado devido às aberturas maiores e em posições estratégicas.

 

Laila ressalta, ainda, que a menos de um ano da entrega do empreendimento, prevista para abril de 2015, ele está sendo vendido com preços até menores do que outros lançamentos imobiliários de padrão semelhante, mas que não oferecem os mesmos sistemas de sustentabilidade. Além disso, dados do GBC apontam que a valorização destes edifícios é 10 a 20% maior que a dos empreendimentos comuns, mas temos casos no sul do país onde este número chegou a 100% só no período entre o lançamento e a entrega do edifício, exemplifica Laila.

 

Para o meio ambiente

 

O edifício conta com painéis fotovoltaicos para geração de energia e aquecimento de água, captação da água de chuva, gerador eólico, calçamento permeável que permite que água volte para o lençol freático, além da maximização do aproveitamento dos recursos naturais, como a luz do sol e o vento. A escolha da vidraça mais espessa do que os edifícios convencionais propicia o aproveitamento máximo da iluminação natural do sol durante todas as estações do ano, explica o arquiteto e urbanista Caio Smolarek Dias.

 

Isso ocorre pelo posicionamento dos blocos em forma de L, que recebe tanto o sol do verão, quanto do inverno. Já a posição em que o edifício é construído, somado às janelas maiores, também propicia a climatização dos apartamentos sem a necessidade do uso de ar condicionado, já que todos os apartamentos recebem a corrente do vento que corta a cidade de Cascavel em sentido diagonal.  Este corte diagonal que o vento faz na cidade também propiciou a inserção de um gerador eólico no edifício, finaliza Caio.

 

Fonte:  MMatsuo