O candidato à reeleição à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad (PT), participou na tarde de hoje, 12/9, do último encontro do ciclo de debates com candidatos ao cargo da capital paulista promovido pelo Secovi-SP. Para ele, o futuro de São Paulo, em termos de desenvolvimento urbano, deve ser pensado a partir do Arco Tietê, que redefine todo o viário da Marginal, entre a Lapa e a Vila Maria, e tem capacidade de receber investimentos e viabilizar cerca de 200 mil unidades residenciais. Em 15 dias, a minuta do projeto de lei da Operação Urbana Arco do Tietê será apresentada para consulta pública no site da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. A legislação regulará três grandes áreas de intervenção urbana.
“Muitas das demandas que o setor tem hoje poderão ser respondidas no Arco Tietê”, disse Haddad, referindo-se a questões formuladas pelo Secovi-SP a todos os candidatos, como as que trataram da diminuição do valor de outorga onerosa e da flexibilização de limites de altura para construção de prédios em miolos de bairros. Para o prefeito e candidato, concretizada uma das intenções de sua gestão, que é transferir o Ceagesp para a região de Perus, a Vila Leopoldina, onde o Centro de Abastecimento funciona desde 1966, o baixo da Lapa e Água Branca terão mais potencial para receber inovadores projetos de urbanização nas margens do rio Tietê.
“Teremos a oportunidade de levar o mercado imobiliário para onde efetivamente ele tem de ir para a ajudar a cidade. Estamos falando de uma área que é do tamanho de Manhattan”, frisou o candidato. Haddad disse que há muita terra para explorar, e não faltará espaço para construir – um dos pontos frágeis do setor, em virtude da escassez de terrenos em São Paulo. “Estamos falando do desenvolvimento do município para os próximos 40 anos. Ali temos CPTM paro o extremo Leste e extremo Sul, dois parques, um shopping e a USP. Temos uma avenida para a volta ao centro que dará a todos oportunidade de empreender de acordo com sua clientela. E tudo de um jeito que as externalidades geradas sejam positivas.”
Haddad disse, ainda, que, pontualmente, poderá revisar valores de outorga onerosa e Cepacs (Certificado de Potencial Adicional de Construção). Negou que a revisão dos valores de ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) estejam na ordem do dia e anunciou um avanço no combate à insegurança jurídica sofrida por servidores que, de boa-fé, assinam documentos – como liberação de alvarás – que futuramente venham a ser questionados pelo Ministério Público. Se o servidor praticar o ato amparado por parecer da Procuradoria, ela o defenderá gratuitamente no Judiciário.
Flavio Amary, presidente do Secovi-SP, elogiou a disposição de diálogo e a transparência de Fernando Haddad. “Gostaria de agradecê-lo por sempre estar aberto ao diálogo franco, honesto e transparente com o setor. Durante sua gestão, não tivemos dificuldade em apresentar nossos pleitos”, disse.