CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

 

 

Quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015. 

 

 

 

Evento debateu a nova lei de zoneamento nesta quarta-feira.

Foto: Luiz França / CMSP.

 

 

DA REDAÇÃO

 

 

“A verticalização proposta na revisão da lei de zoneamento reforça um modelo que já existe na cidade e é excludente. Com o adensamento ao longo dos corredores estruturais, a população mais pobre que reside ou trabalha no local pode ter que sair dali, já que a área ficará bastante visada pelos grandes empreendimentos imobiliários”, acredita o arquiteto Euler Sandeville. Ele participou na manhã desta quarta-feira (25/2) de uma roda de conversa sobre a Lei de Zoneamento realizada na Câmara.

Sandeville refere-se a um dos principais pontos aprovados no Plano Diretor Estratégico (PDE) e que serve de diretriz para a Lei de Zoneamento, atualmente em elaboração pela prefeitura, que são os incentivos para construir a um raio de 200 metros dos corredores de ônibus e 400 metros das estações do Metrô e da CPTM, aumentando o adensamento populacional nesses eixos.

 

Para o arquiteto Ivan Maglio, é preciso ficar atento com esse adensamento em alguns locais, como a Vila Mariana. Segundo ele, o bairro da zona sul que hoje tem de 200 a 300 mil metros quadrados de potencial construtivo, mas com a mudança esse potencial será de 3 milhões de metros quadrados. Presente também no encontro, a urbanista Lucila Lacreta acredita que todo o zoneamento feito nos planos regionais, em 2004, vai se extinguir com a nova proposta. “Cada subprefeitura deveria na verdade avançar e fazer zoneamentos por distritos”, disse.

Proponente da roda de conversa, o vereador Natalini (PV) afirmou que ficou satisfeito com o resultado da discussão. “O objetivo principal, que era ouvir a opinião de especialistas, tirar dúvidas, foi cumprido.” O vereador propôs uma segunda roda de conversa para o dia 13/3, dessa vez para ouvir mais a população

 

 

Fonte: Câmara Municipal de São Paulo

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