Basilio Jafet

“O Brasil precisa de mudanças.
As mudanças precisam de reformas”

Internamente, entidades de classe conversam sobre temas de interesse nacional. Mas não conversam entre si. Não se expressam conjuntamente.”

Esta foi a reflexão que motivou Flavio Amary, ex-presidente do Secovi-SP – hoje secretário estadual da Habitação-, a instituir a mobilização empresarial Reformar para Mudar.

“Foi uma iniciativa oportuna e necessária. Hoje, o movimento reúne 34 entidades das áreas de construção civil e imobiliária, indústria, infraestrutura, agronegócios, comércio e serviços de diferentes segmentos. Todas elas, por suas lideranças, firmemente empenhadas em ir muito além de questões setoriais, mas pensar o País, seus problemas e caminhos para solucioná-los”, afirma Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP e coordenador da mobilização.

Jafet, que sempre atuou no grupo, afirma que, no momento de sua instituição, o Brasil contabilizava perdas em várias frentes. “Havia grande crise de confiança, decorrente das turbulências econômica, política e institucional. A Operação Lava Jato revelava diariamente fatos novos. A agenda reformista de Michel Temer não caminhava como esperado (só a PEC dos gastos fora aprovada). O setor imobiliário registrou seu pior resultado desde 2004. A sociedade civil organizada precisava reagir, expor seu pensamento. Era hora de fixar o protagonismo do setor privado na discussão e no encaminhamento de temas de interesse nacional e cobrar providências”, recorda.

Com sucessivas manifestações públicas (anúncios nos principais jornais do País), ofícios e contatos coordenados com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, massiva utilização de redes sociais e imprensa na difusão de seu ideário, o Reformar para Mudar ganhou identidade (e peso).

Seus manifestos em apoio às reformas trabalhista e previdenciária, teto dos gastos públicos, terceirização, regularização fundiária, marcos regulatórios para concessão de serviços (como o do saneamento básico) e autonomia do Banco Central, entre outros, tiveram grande impacto e resultaram em conquistas da sociedade.

Contudo, há muito a ser feito. “Nossas últimas manifestações clamaram por prioridade aos brasileiros, com urgente vacinação e aprovação da PEC do auxílio emergencial. Mas precisamos avançar muito mais em temas como reforma administrativa/ajuste fiscal, efetiva preservação do teto de gastos, simplificação tributária, privatizações, reforma política, defesa da ética, combate à corrupção, segurança jurídica e a imperiosa harmonização entre os poderes”, enumera.

“São pautas prioritárias para que possamos voltar a crescer, a empregar, a incluir os cidadãos. Temos de recolocar o País em posição de destaque dentre as economias mundiais. Reaver nosso grau de investimentos. Recuperar a confiança nacional e internacional. O Brasil precisa de mudanças. As mudanças precisam de reformas. Reformar para Mudar!”, conclui Jafet.

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