No dia 10 de dezembro, a jornalista Denise Campos de Toledo entrevistou o economista da GO Associados Gesner Oliveira, em mais uma Live Secovi-SP. De acordo com ele, o Brasil sobreviveu à pandemia do coronavírus com profunda resiliência, mas destacou problemas que serão carregados para 2021.
Estoque de desemprego acima de 13%, deprimindo a renda – e de 20%, se acrescida a população que saiu do mercado de trabalho em decorrência da pandemia; e desequilíbrio fiscal, com um déficit primário de R$ 800 bilhões. Esses são os principais gargalos para o ano novo, na visão do economista, e que determinarão se a recuperação será sustentável.
De acordo com Gesner, as projeções feitas no auge da pandemia, nos meses de abril e maio, foram mais pessimistas que a realidade mostrou. “O mundo não acabou, passada a primeira onda. As previsões eram de quedas superiores a dois dígitos, o que na verdade não ocorreu por circunstancias importantes, como o pacote anticrise.”
Ele destacou que o auxílio emergencial do governo federal foi importante para amortecer a queda da economia, assim como a flexibilização do trabalho. “Agora, alguns setores, como o imobiliário e o de agronegócios apresentam recuperação em V. A indústria de transformação se recuperou, e o varejo, na média, também se recuperou. O segmento de Serviços foi o mais abalado”, disse Gesner.
Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, ressaltou a necessidade de o setor imobiliário prover 1,5 milhão de novos domicílios por ano, conforme estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas). “O setor tem colocado no mercado 650 mil unidades por ano e o segmento de desenvolvimento urbano também atende à demanda das famílias, com duas centenas de milhares de lotes. Contudo, temos de adequar o produto ao bolso do consumidor”, asseverou.
Confira o conteúdo completo da Live, que está disponível no Canal do Secovi-SP no YouTube.