graficoNo início do mês de novembro, a Caixa Econômica Federal, responsável por quase 70% dos financiamentos de imóveis no Brasil, anunciou novas taxas de juros para o crédito imobiliário.

A redução foi de 0,25 ponto percentual ao ano em todas as taxas de financiamento para imóveis novos ou usados enquadrados no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), para pessoas físicas, independentemente de ter relacionamento com a Caixa.

Para o vice-presidente do Interior e diretor Regional do Secovi na RMVale, Frederico Marcondes César, “qualquer medida de incentivo ao mercado é positiva, tanto para os compradores quanto para a economia, uma vez que a construção civil é um dos principais carros-chefes da economia, além de ser uma das maiores empregadoras”, afirmou.

O agente financeiro atribuiu a redução à queda da taxa básica de juros (Selic) para 14% ao ano, resultado da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central). Outras medidas de incentivo envolvem o incremento no limite de financiamento dos imóveis de R$ 1,5 milhão para R$ 3 milhões e o aumento no percentual a ser financiado. Às construtoras, a Caixa destinou R$ 10 bilhões ao reabrir linha de crédito às construtoras, o Plano Empresário, e passou a permitir o fechamento das operações com 80% de execução das obras, além de reformar a linha Construcard de financiamento de materiais de construção.

Para clientes que adquirirem imóveis novos ou na planta e fizerem a opção de receber o salário pelo banco, as taxas de juros passarão de 11,22% ao ano para 9,75%, para os imóveis financiados pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação), e de 12,5% ao ano para 10,75%, para imóveis enquadrados no SFI (Sistema Financeiro Imobiliário). Além disso, a Caixa diminuiu o limite mínimo de financiamento com recursos da poupança para R$ 80 mil.

Segundo o diretor Regional do Secovi de Rio Preto, Alessandro Nadruz, essa medida terá um impacto importante no setor. “Com a diminuição da Selic, as pessoas terão um incentivo a mais para comprar”, afirmou.