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Nas eleições de 2022, os poderes constituídos não se revelam empenhados em discutir e construir o que a sociedade deles espera
O Brasil do presente não é o País que queremos, pois a agenda que a sociedade deseja não é aquela que as instituições e os poderes constituídos permitem-nos construir.
A instabilidade política e, principalmente, a invasão de competência entre as prerrogativas dos poderes divergem dos anseios da população.
Em 2022, após uma pandemia que colocou o planeta em desafio, seguida de uma desproposital guerra, a malograr todos os esforços de combate ao mal da inflação mundo afora, vivemos um momento crucial.
Por essa razão, as eleições gerais deste ano se revestem da máxima importância.
Entretanto, os poderes constituídos não se revelam empenhados em discutir e edificar a agenda prioritária dos brasileiros. Uma agenda que independe de ideologias e que não pode se submeter à rasa discussão que a polarização política nos quer impor.
Os problemas são conhecidos. Convivemos com impunidade, insegurança jurídica e pública, política fiscal inadequada, Estado ineficiente, burocracia e falta de articulação entre os poderes para promover inclusão social, desenvolvimento sustentável, geração de empregos e renda.
Diante disso, a agenda mínima que o Brasil espera se constituir em:
– Reforma administrativa e simplificação tributária;
– Aprimoramento dos marcos legais para o licenciamento ambiental e urbanístico;
– Reforma do Poder Judiciário, aí ponderando integral respeito ao sistema legalista adotado pelo Direito Brasileiro, que não pode seguir vilipendiado, ocasionando imprevisibilidade às relações sociais e econômicas;
– Aprimoramento das agências reguladoras;
– Privatizações;
– Estado focado em seus deveres indelegáveis – saúde, educação e segurança pública.
Essa é a agenda dos brasileiros.
Não vamos abrir mão de construí-la!