“A cadeia produtiva da construção civil tem uma nova agenda a cumprir. As mudanças climáticas e a escassez de recursos naturais exigem novas formas de organização empresarial e política. O modelo a ser buscado pelo setor é o do desenvolvimento humano, da inovação tecnológica e do uso e reuso equilibrado de recursos disponíveis, bem como da reciclagem”.
Esse é o texto do primeiro parágrafo da introdução de trabalho realizado no âmbito do Programa Construção Sustentável da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), intitulado “Desenvolvimento com Sustentabilidade”.
Para o presidente da CBIC Paulo Safady Simão, o desafio da sustentabilidade assumiu um papel de destaque na agenda do setor. “A construção pode dar uma contribuição decisiva para o crescimento sustentável”, afirma, salientando que o trabalho é resultado de dois anos de debates entre representantes da sociedade civil, setor acadêmico, poder público, movimentos sindicais e setor empresarial.
De acordo com Ciro Scopel, vice-presidente de Sustentabilidade do Secovi-SP e membro do Conselho Estratégico do Programa Construção Sustentável da CBIC, a publicação apresenta didaticamente temas prioritários (água; desenvolvimento humano; energia; materiais e sistemas; meio ambiente; infraestrutura e desenvolvimento urbano; mudanças climáticas; e resíduos), os objetivos, as estratégias e os respectivos atores.
“Estamos construindo um manancial de informações para que o setor opere de forma cada vez mais alinhada às premissas da sustentabilidade. O material da CBIC é mais um elemento importante na construção de um conhecimento indispensável”, enfatiza Scopel, adicionando o empenho do Sindicato com vistas à conscientização dos empreendedores e profissionais da área – consolidado no Caderno Condutas de Sustentabilidade no Setor Imobiliário Residencial – realizado em parceria com o CBCS e apoiado pela Câmara -, bem como a elaboração dos Indicadores de Sustentabilidade no Desenvolvimento Imobiliário Urbano, em conjunto com a Fundação Dom Cabral.
“As fontes de consulta estão criadas. Cabe, agora, agir com a construção civil fazendo a sua parte e apoiada por políticas públicas e setoriais e o indispensável aprimoramento jurídico”, conclui Scopel.
Veja a íntegra do trabalho, consulte o PDF anexo.