CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

 

Quinta-feira, 11 de setembro de 2014.

 

 

NATÁLIA MANGINELI

DA TV CÂMARA

 

 

A Comissão do Meio Ambiente da Câmara realizou uma vistoria nesta quinta-feira (11/9) no loteamento Bosque Cidade Jardim, no Morumbi, onde moradores reclamam da construção de casas de luxo em um terreno que seria área de preservação ambiental, prejudicando as nascentes e a vegetação nativa do local.

Segundo a moradora Francisca Alves, o terreno tem 10 mil metros quadrados. Boa parte com vegetação já destruída pela obra, com árvores em extinção, como o pau-brasil e espécies da araucária. “É uma área absolutamente preciosa, que vai dar lugar a um condomínio de luxo para pouquíssimas pessoas. Eles obtiveram a licença com base em informações que não foram confirmadas por laudos técnicos. Eles informaram que não havia água, nascentes, e que a área não tinha valor paisagístico.”

“O Morumbi está se descaracterizando pela ação exacerbada das construtoras e pela especulação imobiliária. Os rios estão secando, as nascentes também estão secando. São Paulo precisa de árvores”, desabafou Roberto Delmanto Júnior, também morador da região.

Segundo o presidente da Comissão, vereador Gilberto Natalini (PV), havia sido acordado com a secretaria do Verde e Meio Ambiente e a subprefeitura do Butantã que seriam enviados técnicos para fiscalizar o local, e isso não foi cumprido. “A primeira medida é saber por que a prefeitura não deu cobertura para a Câmara nesta vistoria. A segunda é juntar toda a documentação, inclusive o laudo do promotor, e chamar a polícia ambiental, o DAEE e a secretaria do Verde para esclarecer se a obra esta dentro da lei”, afirmou.

Em dezembro do ano passado, o Ministério Público havia elaborado um laudo técnico que apontava irregularidades na obra e determinava sua paralisação. “A conclusão [do Ministério] é que houve canalização ilegal e supressão da mata secundária também de forma ilegal”, disse o vereador Aurélio Nomura (PSDB), membro da Comissão. ”Vamos cobrar das autoridades para saber o que foi feito”, concluiu.

 

(11/09/2014 – 17h51)

 

Fonte: Câmara Municipal de São Paulo

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