Se analisarmos tudo o que aconteceu (e não aconteceu) em 2021, concluiremos: foi uma jornada e tanto!
Tivemos mais um período em que a pandemia (que entrou em sua 4ª onda) nos tirou a tranquilidade. Graças ao avanço da vacinação no País, as atividades produtivas voltaram a operar. O PIB do ano dever fechar em torno de 4,5%.
Neste cenário, o mercado imobiliário foi ponto fora da curva. Assim como ocorreu no início da covid-19, registramos números recordes no volume de lançamentos e vendas. De acordo com a última Pesquisa Secovi (outubro), no acumulado do ano, as unidades comercializadas ficaram 37,3% acima do apurado entre janeiro e outubro de 2020.
A partir de setembro, inflação e juros altos influenciaram o comportamento dos compradores, levando à acomodação das vendas, o que deve se repetir no próximo ano, apesar das eleições e das imprevisibilidades macroeconômicas. Isso porque existe demanda por habitação. E a ressignificação da moradia veio para ficar.
Se o ambiente político nacional tivesse sido um pouco diferente, por certo a maioria dos setores produtivos teria registrado melhor desempenho. Mas fomos todos atropelados por ondas de incertezas.
Dentre elas, a proposta de uma reforma do Imposto de Renda que ninguém queria; o desrespeito ao teto de gastos públicos (PEC dos Precatórios); a não realização de reformas estruturais; a falta de uma agenda com diretrizes para o futuro do País; a inadequação da legislação urbana. Felizmente, o Brasil tem comprovado que é maior do que os seus problemas. Cabe-nos acreditar e trabalhar. Que venha 2022!
Basilio Jafet é presidente do Secovi-SP e reitor da UniSecovi