Poy Clini, diretor para Indaiatuba na Regional Secovi-SP em Campinas, destacou à CBN os reflexos da medida anunciada pelo governo, que deve estimular a construção civil, gerar empregos e facilitar o acesso da classe média à casa própria
Na manhã desta quinta-feira (16/10), em entrevista à Rádio CBN Campinas, o diretor para Indaiatuba na Regional Secovi-SP em Campinas, Poy Clini, avaliou as mudanças no financiamento imobiliário anunciadas pelo governo federal. A medida amplia o teto de enquadramento no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), permitindo que famílias de renda intermediária tenham acesso a condições mais favoráveis de crédito habitacional.
Segundo Clini, cidades como Campinas, que apresentam elevado custo do metro quadrado, serão diretamente beneficiadas. “O teto anterior era muito baixo. Agora, com o aumento, uma faixa de renda que antes não tinha alternativas passa a contar com juros melhores. Isso ajuda o mercado, que já tem estoque de imóveis disponível, e impulsiona a economia”, afirmou.
O dirigente ressaltou, entretanto, a necessidade de equilíbrio entre oferta e demanda. Ele alertou que, caso a aprovação de novos empreendimentos pelas prefeituras não acompanhe o ritmo da liberação de crédito, pode haver risco de pressão sobre os preços. “Se houver dinheiro, mas não imóveis suficientes, o mercado tende a se desequilibrar. Hoje ainda não é o caso, mas precisamos acompanhar de perto”, disse.
Clini também destacou o potencial da medida na geração de empregos. “Cada R$ 1 bilhão injetado no mercado multiplica oportunidades de trabalho. Estamos falando em R$ 35 bilhões, que devem fortalecer a cadeia da construção civil, desde os lançamentos até a entrega dos empreendimentos”, explicou.
Sobre o papel das instituições financeiras, Clini lembrou que a Caixa Econômica Federal será protagonista na operacionalização dos novos financiamentos. “A Caixa precisa ser bastante exigente na aprovação dos créditos para evitar inadimplência. Além disso, é essencial que toda a cadeia produtiva — lançamentos, aprovações e entregas — funcione de forma coordenada”, concluiu.
A entrevista encerrou com a avaliação de que o anúncio, embora recente, já sinaliza novos rumos para o mercado imobiliário regional. “É um passo importante para Campinas e para a classe média, que ganha mais condições de conquistar a casa própria”, afirmou Clini.