SENADO FEDERAL
Quarta -feira, 9 de maio de 2012.
Da Redação
O senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) comunicou ao Plenário, nesta quarta-feira (9), a apresentação de emenda à medida provisória 567/2012 que mudou as regras de correção dos depósitos da caderneta de poupança. O senador disse que apresentou a emenda levando em consideração o fato de que 65% dos recursos da poupança devem ser obrigatoriamente aplicados no sistema financeiro de habitação, para construção e aquisição de moradias, sendo importante, portanto, que os beneficiários da redução dos juros da poupança sejam os mutuários e não os bancos que fazem os financiamentos.
Eduardo Lopes parabenizou a atitude “positiva e corajosa” da presidente Dilma Rousseff no combate às altas taxas de juros praticadas no Brasil. Ao comentar a mudança na forma de correção dos depósitos em caderneta de poupança, medida importante para a queda dos juros, o senador lembrou que a forma de correção anterior foi estabelecida em um momento de inflação alta em que era preciso proteger o pequeno poupador.
– Mas agora a inflação é baixa e está sobre controle, então era preciso ajustar essas regras à nova realidade econômica do país; era preciso criar condições para baixar ainda mais os juros que os bancos cobram das pessoas que compram a prazo, que tomam dinheiro emprestado, que precisam comprar a casa própria – explicou o senador.
Eduardo Lopes acrescentou que os depósitos antigos continuarão a ser corrigidos da mesma forma, aplicando-se a nova regra somente aos novos depósitos. O senador frisou que a caderneta de poupança ainda é o lugar mais seguro para as pessoas guardarem suas reservas, tendo correção garantida por 70% da Selic e mais a TR. Se a Selic ficar acima de 8.5%, volta a valer a regra anterior.
O senador ressaltou o fato de a presidenta Dilma ter legitimidade e apoio da população para pressionar os bancos a baixarem os juros, acrescentando que não se trata de um ataque aos bancos, mas de mudar uma prática nociva à população, que é a cobrança de juros altíssimos, os mais altos do mundo.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)