A unidade do Secovi-SP em Campinas promoveu, na quinta-feira, 28/10, o Encontro de Mercado Imobiliário, com objetivo de integrar empresários do Estado, além de entidades e profissionais do setor. “O encontro visa trazer informações, experiências e compartilhar críticas e sugestões. Também lança o desafio de que nossas idéias sejam levadas à esfera pública”, conta Kelma Camargo, diretora geral do Sindicato na cidade, referindo-se à participação dos secretários municipais de Planejamento e Desenvolvimento Urbano e de Meio Ambiente.

Flavio Amary, vice-presidente do Interior do Secovi-SP, fez uma palestra, em que falou sobre a mudança no perfil do brasileiro, que teve um crescimento da classe média, o que reflete uma mudança no mercado imobiliário. Além disso, o crescimento populacional tem acontecido nas cidades ao redor da Capital. “Antes quase toda a população saía do campo e ia para São Paulo. Hoje, muitos preferem outros locais, como Campinas”, conta.

Além disso, segundo ele, vem aumentando o número de empreendimentos verticais no município. “O valor do terreno tem aumentado, e quanto maior o custo, maior também o índice de verticalização”, explica.

Segundo o Secretário Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano de Campinas, Alair Roberto Godoy, um dos grandes objetivos dos Planos Urbanísticos em andamento na Região Metropolitana de Campinas é promover a harmonia entre sociedade civil e setores produtivos. “Estas leis devem ser discutidas em consenso, para que cheguemos a uma solução plausível”, diz.

O estudo dos Planos envolveu as entidades do setor imobiliário local, e compôs o Plano Diretor de 2006. “Ainda não estamos usufruindo os benefícios dessa lei, que visa contemplar todas as diretrizes urbanas de forma planejada, gradual e contínua”, afirma Godoy.

Sobre a questão do licenciamento ambiental, Paulo Sérgio Garcia de Oliveira, Secretário Municipal de Meio Ambiente, acha importante um trabalho em conjunto entre o governo estadual e a prefeitura. “O Estado pode ficar responsável por empreendimentos de maior impacto e o município, de pequeno e médio porte”, pondera.

Para ele, a maior dificuldade na hora do licenciamento é a falta de planejamento. “Se já tem um estudo e já existe um conhecimento da realidade da cidade, não há necessidade de uma análise detalhada para cada empreendimento”, completa.