Sorocaba foi considerada a 12ª melhor cidade do país para se investir no ramo imobiliário. O dado é de um estudo desenvolvido pela consultoria Prospecta Inteligência, entre os meses de junho de 2014 e janeiro de 2015.
O levantamento que resultou no ranking analisou a demanda por imóveis dos municípios com menos de 1 milhão de habitantes, ou seja, foram incluídos 94% das cidades brasileiras, excluindo-se as capitais, que já estão com o mercado saturado. Para entidades locais ligadas à construção civil, o setor deve se estabilizar depois do momento atual, que reflete o cenário econômico do Brasil, e os atrativos de Sorocaba irão contribuir para que o mercado de imóveis volte a ficar aquecido.
O estudo foi desenvolvido por economistas, técnicos estatísticos e demógrafos e se concentrou na população economicamente ativa (entre 20 e 49 anos), aquela que possui maior influência na decisão de compra de imóveis. A cidade foi classificada como sendo de ótimo potencial para investimentos imobiliários de alto, médio e baixo padrão no ranking, que é liderado por São Bernando do Campo (SP). No Estado de São Paulo, a cidade ficou atrás ainda de Santo André, Osasco, Ribeirão Preto e São José dos Campos. Outros quatro municípios da região aparecem na lista, porém em posições mais baixas: Itu (128ª posição), Salto (176ª), Votorantim (185ª) e Itapetininga (192ª).
O diretor regional do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi – Sorocaba), Guido Cussiol Neto, aponta que o mercado imobiliário de Sorocaba possui um potencial maior do que o que está sendo explorado hoje. De acordo com ele, mesmo no atual cenário e com a grande oferta disponibilizada nos últimos anos, ainda há demanda no setor, sobretudo nos residenciais para pessoas de renda média. “Porém, em relação às salas comercias, é possível observar que já há uma estabilidade, pois é um ramo mais diretamente afetado pela economia”, afirma.
Guido acredita que a cidade está inserida em um polo desenvolvido, que oferece estrutura de serviços e estradas e que favorece a proximidade com a capital paulista. “Esse conjunto de fatores, aliado à geração de empregos pelas indústrias que aqui estão instaladas e tendem a se instalar, acaba por atrair novos moradores que, por consequência, irão buscar um imóvel”, diz. Além disso, segundo ele, o novo Plano Diretor de Desenvolvimento Físico-Territorial (promulgado no último dia 16 de dezembro) ampliou as possibilidades de investimentos. “Muitas áreas de chácaras foram transformadas em zonas urbanas”, justifica.