A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) acelerou a transformação digital que já estava em curso no mercado imobiliário. A digitalização desencadeou uma nova relação do consumidor com as empresas do segmento e, a partir disso, tornou-se necessário entender o cliente em cada etapa da jornada de compra e venda de um imóvel.

O comprador já chega à imobiliária mais decidido em relação ao imóvel desejado e a boa utilização das ferramentas disponíveis, pode ser a diferença entre fechar ou não o negócio. A realidade virtual, que permite visitas até em casas e apartamentos que ainda não foram construídos, e o atendimento virtual, por meio do chatbot, que promove agilidade no primeiro contato com a empresa, são apenas dois exemplos de como a tecnologia é capaz de oferecer soluções inteligentes e seguras e, com isso, promover o melhor aproveitamento do tempo, algo valioso nos dias atuais.

Em agosto, durante painel da Convenção Secovi, um dos principais eventos do setor, discutiu-se a forma como a tecnologia tem impulsionado as transações de compra e venda de imóveis. Executivos de algumas das maiores empresas do País destacaram que o uso mais intensivo de determinadas ferramentas – como  web conferências, assinaturas digitais e tour virtual em imóveis – foi resultado de uma demanda consistente dos clientes. E, a partir dessa nova experiência – tanto para consumidores quanto para corretores – que enxergaram a necessidade de estar preparados para essa nova fase -, o mercado sai mais valorizado dessa crise provocada pela pandemia.

Para o diretor regional do Secovi em Bauru, Riad Elia Said, esse período trouxe um imenso aprendizado, além de muitas mudanças comportamentais, inclusive no mercado imobiliário, que tornarão o relacionamento com o público-alvo bem mais virtual do que era anteriormente. “Novas ferramentas de trabalho, tecnologias, realidade virtual e outros recursos foram incorporados à rotina, enquanto muitos clientes que nunca tinham feito compras on-line também tiveram de se adaptar à nova realidade. No que compete às empresas do ramo, a experiência nos mostrou que temos de buscar maneiras mais práticas de exercer a nossa profissão e estruturar o negócio para enfrentarmos esse novo momento do mercado”, analisa.