A terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida, prevista para ser lançada nas próximas semanas, contará com uma faixa de renda intermediária às duas já existentes. O objetivo é diminuir a diferença entre o valor das prestações de uma faixa e outra.
Atualmente, na primeira faixa do MCMV, de até RS 1.600, o beneficiário paga prestações de R$ 80. Na segunda, entre R$ 1.601 e $ 3.275, a parcela mensal sobe para R$ 400. E a distância entre uma e outra pode levar à inadimplência, já que um mutuário que receba RS 1.601, por exemplo, já paga uma prestação de R$ 400.
De acordo com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, ainda é preciso discutir o cenário de transição da fase 2 para a fase 3, a fim de adaptá-la ao atual espaço fiscal. “Nossa expectativa é lançar a fase 3 ainda neste ano e crescer ao longo dos próximos para contratar três milhões de unidades. Estamos discutindo um cronograma de quatro anos.”, destaca.
“A criação dessa nova faixa de renda atende a um pleito do Secovi-SP, no sentido de colocar mais pessoas dentro do programa e criar mecanismos para que o déficit habitacional do País seja reduzido”, avalia Flávio Prando, vice-presidente de Habitação Econômica do Secovi-SP, que participou recentemente de reunião com os ministros Gilberto Kassab (Cidades) e Nelson Barbosa (Planejamento).
Para José Carlos Martins, presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), ainda levará algum tempo até que a terceira fase do MCMV esteja a pleno vapor, o que deve arrastar a maior parte das obras para o próximo ano.
Com informações da CBIC