Erika Matsumoto, presidente da Urba Desenvolvimento
Urbano S.A., empresa de loteamentos do Grupo MRV&CO
 

 

Nos últimos dois anos, algumas empresas dobraram de tamanho e, mesmo diante do atual cenário, os prognósticos são positivos

O mercado de loteamentos viveu um momento histórico durante a pandemia, registrando crescimento de cerca de 200% nos últimos dois anos. Esse boom foi motivado, principalmente, pelas baixas taxas de juros no período, que facilitaram o financiamento imobiliário. Somou-se a isso o desejo já antigo da maioria dos brasileiros – cerca de 70% – de morar em casas, o que aumentou durante a pandemia, quando as pessoas passaram a ter outras necessidades, como mais espaço e escritório, por exemplo.

Já no segundo semestre de 2021 – consequência do aumento das taxas de juros e da inflação, causando perda de renda e a diminuição da capacidade de financiamento –, as vendas de loteamentos recuaram, mas, ainda assim, têm se mantido acima do período pré-pandemia.

Apesar do desafiador cenário econômico, a perspectiva é positiva em 2022. As pessoas querem e precisam comprar. Então, os pontos de atenção são preço e prazo de pagamento.

Em razão do déficit habitacional, notadamente no atendimento ao público de baixa e média renda, há muita demanda para a aquisição da primeira moradia e muito campo para inovação, com financiamento à produção por grandes bancos e venda de carteira a instituições financeiras, o que encurta o ciclo do fluxo de caixa do projeto. Uma próxima conquista será a oferta de linhas de crédito estruturadas pelos bancos diretamente para os clientes. Ainda vamos chegar lá!

Em suma, mesmo diante de um contexto macroeconômico ainda incerto, desde que bem gerido, o mercado de loteamentos é um ótimo negócio. É possível traçar arrojadas metas de crescimento, ofertando produtos diferenciados e adequados aos novos comportamentos dos brasileiros que buscam bairros inteligentes e planejados, com infraestrutura completa e conectados com a natureza.

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