O último dia da Convenção Secovi trouxe à tona um assunto que vem ganhando cada vez mais força dentro das organizações e da sociedade em geral: diversidade e inclusão. Ana Lucia Melo, diretora adjunta do Instituto Ethos, Ruy Shiozawa, presidente do Great Places To Work, e Thomas Dorr, sócio associado da Mckinsey & Company, debateram sobre a importância do tema na sociedade, que vem se moldando cada vez mais de forma inclusiva. Apresentaram ainda diversos estudos que apontam para números positivos em equipes mais diversificadas, criatividade e melhora no entendimento sobre as necessidades dos clientes.

O painel “Tudo junto e misturado” foi mediado por Hamilton Leite, executivo da UniSecovi-SP, que, com ajuda do público, levantou a principal questão do tema: de que forma diversidade e inclusão como critérios para formar equipes melhoram a competitividade dos negócios?

Ryu Shiozawa respondeu mostrando vários estudos que apontam resultados potencializados quando uma equipe se abre à pluralidade. “Um time quando se forma buscando a diversidade está mais preparado para o entendimento das necessidades dos clientes e tomadas de decisão, e por consequência, apresentam números melhores. Não estamos falando só na valorização do ser humano, que é intrínseca à pauta, mas também de ganhos concretos para as empresas”, afirma.

Além de dados, os speakers também chamaram a atenção para a dificuldade de crescimento de grupos de minorias (ou seja, que fogem ao padrão homem, branco e heterossexual) dentro das empresas, como destacou Thomaz Dorr. “Seria bom se não precisássemos de cotas, de simplesmente cumprir uma ‘obrigação’ e jogar o ser humano dentro da empresa. Para se ter uma ideia, homens brancos representam 1/3 do número de entradas na empresas, mas, quando vamos subindo a pirâmide, este mesmo grupo representa 2/3 das diretorias e cargos mais altos” afirma.

Ana Lúcia foi outra palestrante que também detalhou a dificuldade de ascensão. “A população de mulheres, por exemplo, é ‘ok’ dentro das empresas. Mas, quando vamos analisando os cargos mais altos, o número cai drasticamente. E se compararmos negros, Lgbtqia+ e PCDs  e até as mulheres negras, este número cai drasticamente. É uma pena vermos dados como estes, mesmo com tantos resultados positivos. Porém, debates como este ajudam a melhorar a cultura e a inclusão nas empresas, e construir uma sociedade melhor”, conclui.

A Convenção Secovi tem patrocínio de Atlas Schindler, Caixa, Grupo Souza Lima, OLX, Abrainc, Comgás, Intelbrás, Mapfre, Mega Sistemas, Porto Seguro, Regus, Serasa e Tokio Marine, SegImob, Techem.

Veja as fotos do painel no Flickr do Secovi-SP