Frederico Marcondes César, vice-presidente do Interior do Secovi-SP

O Estudo Secovi do Mercado Imobiliário de Bauru 2020 foi apresentado nesta terça-feira, 10/11, durante live promovida pela vice-presidência do Interior. Além da apresentação dos dados, os diretores da entidade também comentaram os efeitos da pandemia do novo coronavírus no setor e as perspectivas para 2021. 

Entre janeiro e dezembro de 2019, o levantamento registrou o lançamento de 1.835 imóveis residenciais em Bauru. O crescimento foi de 33,4% em relação aos lançamentos registrados em igual período de 2018 (1.376 imóveis).

Desse total lançado no ano passado, 74,5% representam o segmento econômico (1.367 unidades de 2 dormitórios econômicos e com valores de até R$ 230 mil). Os demais referem-se a apartamentos de 3 dormitórios (322 unidades e 17,6% do montante), de 2 dormitórios (120 e 6,5% de participação) e de 1 dormitório econômico (26 unidades e 1,4% do total). 

Os dados fazem parte do Estudo Secovi do Mercado Imobiliário de Bauru, elaborado pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP em parceria com a Robert Michel Zarif Assessoria Econômica, com o objetivo de quantificar e medir o desempenho de lançamentos e vendas de imóveis novos no município. 

Comercialização – Em 2019, foram vendidas 1.482 unidades, queda de 2% frente às 1.513 unidades apontadas em 2018. Do volume comercializado nos 12 meses do estudo, a maior participação foi de imóveis de 2 dormitórios econômicos (1.021 unidades e 69% do total). O segmento de 3 dormitórios representou 20,7% e o de 2 dormitórios, 6,3%. A maior parte das vendas (1.037 unidades e 70% do total) esteve concentrada entre os imóveis de até R$ 230 mil.

Oferta final – O estoque de imóveis de Bauru manteve-se estável, passando de 1.367 unidades em 2018 para 1.368 unidades no ano passado, uma variação de 0,1% quando comparada ao período anterior. Os apartamentos de 2 dormitórios econômicos destacaram-se nesse universo, com 921 unidades, seguidos pelos de 3 dormitórios (302 unidades), 2 dormitórios (103 unidades), 1 dormitório econômico (32 unidades) e 4 dormitórios (10 unidades).

De acordo com o diretor Regional do Secovi em Bauru, Riad Elia Said, um dos participantes da live, a cidade tem passado por um importante processo de desenvolvimento nos últimos anos.  “Esse é um momento de grande expectativa para o mercado. O volume de vendas de imóveis está muito consistente, acompanhando a aceleração significativa dos lançamentos. O cenário é promissor e as pequenas variações fazem parte da própria dinâmica de mercado”, afirmou. 

Para Bruno Pegorin, diretor de Habitação Econômica da Regional Secovi, os dados do estudo servem como termômetro das expectativas de compradores e também sinalizam para as tendências do setor neste ano. “Além da habitual procura por imóveis do programa Casa Verde e Amarela (que substituiu o Minha Casa, Minha Vida), observamos aumento de interesse por outras tipologias, incluindo unidades de 4 dormitórios, com áreas superiores a 150 metros quadrados”, disse. 

Valor Global de Vendas – No acumulado de janeiro a dezembro de 2019, o VGV de imóveis residenciais foi de R$ 366,3 milhões, 0,2% superior ao registrado em igual período do ano anterior (R$ 365,7 milhões). Em termos de participação, os imóveis de 2 dormitórios econômicos responderam por 42% do total (R$ 1.547,8 milhões), seguidos de perto pelas unidades de 3 dormitórios (36% e R$ 134,5 milhões, respectivamente), de 4 dormitórios ou mais (10% e R$ 36,6 milhões), de 2 dormitórios (9,8% e R$ 35,9 milhões), e de 1 dormitório econômico (1,2% e R$ 4,5 milhões). “O programa habitacional continua sendo um grande atrativo na cidade, haja vista que concentrou 42% de todo o volume financeiro movimentado no ano passado. Esse mercado continua em marcha e com clientes dispostos a comprar”, sinalizou Pegorin. 

Para acessar os dados do Estudo de Mercado de Bauru na íntegra, clique aqui.

Balanço – Durante a live, Bruno Pegorin comentou que em março, no início da pandemia da Covid-19,o mercado imobiliário projetou que as vendas neste ano seriam cerca de 30% menores do total registrado em 2019. Porém, depois de quase oito meses, a expectativa mudou e o setor poderá registrar resultados parecidos com os alcançados no ano passado. Entre os fatores que fazem parte da nova projeção, estão: a recente retomada da confiança do consumidor e da própria construção civil quanto à recuperação da economia. Além disso, a redução da taxa básica de juros (Selic) ao menor valor histórico, de 2%, e da inflação, estimada em 3,2% para este ano.

Para o vice-presidente do Interior do Secovi-SP, Frederico Marcondes César, presente à live, a inflação e os juros baixos são a senha para a aquisição de ativos imobiliários. “Estes indicadores resultam, para o mutuário, em queda significativa no valor das prestações”, reforçou. Segundo ele, com estas condições, a aquisição de financiamento imobiliário torna-se mais atrativa, fazendo com que este seja um bom momento para quem deseja comprar um imóvel. “De fato, os estoques de imóveis disponíveis voltaram a ser consumidos em maior velocidade, demonstrando que boa parte da população está atenta às oportunidades.”

A Live Secovi-SP desta terça-feira, 10/11, também contou com o facilitador Adilson Sartorello, diretor de Assuntos Legislativos e Urbanismo Metropolitano da entidade no município. 

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