Por iniciativa do grupo de Novos Empreendedores do Secovi-SP (NE), aconteceu no dia 10/8, a Live Secovi-SP sobre a atuação feminina no mercado imobiliário, com a participação de Elisa Tawil, idealizadora e fundadora do movimento “Mulheres no Imobiliário”.
A advogada Carolina Ferreira, integrante do Conselho Jurídico do Secovi-SP, coordenou o encontro on-line, que contou ainda com a participação das empresárias Roberta Bigucci e Márcia Taques, também do NE.
“A mulher é uma grande influenciadora do mercado imobiliário.E a palavra ‘influenciadora’ ganha uma outra dinâmica no mundo de transformação digital em que vivemos hoje, por conta da pandemia”, afirmou Elisa, que apresentou dados de uma pesquisa encomendada pelo movimento “Mulheres do Imobiliário”, comprovando que o gênero feminino influencia a busca e a compra de imóvel.
Segundo ela, o levantamento apontou que 21,1% das mulheres decidem comprar os imóveis sozinhas, frente a 12,4% dos homens. As mulheres visitam menos vezes o imóvel desejado e sofrem menos influência de seus cônjuges na escolha. “O contrário não é verdadeiro”, disse Elisa. A pesquisa foi realizada com cerca de 2.000 mulheres das classes A e B, residentes em São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre.
A advogada e arquiteta Roberta Bigucci, diretora da construtora MBigucci, reforçou a importância da mulher na decisão de compra. “Quando há uma mulher envolvida, há mais agilidade neste negócio”, afirmou. “Se a mulher não é bem atendida no plantão, ela acaba até boicotando a venda.”
Para Elisa, a mulher deve voltar a ouvir sua intuição na tomada de decisão. “Faz algum tempo que ouço Luiza Helena Trajano destacar em seus discursos a importância do feeling na tomada de decisão — e como os homens têm respeitado mais a sua intuição”, lembrou a consultora.
Desafios
“Em que pese o fato de a mulher ser empreendedora no Brasil, até por necessidade e impulso, ela acaba encontrando muitas barreiras de entrada”, observou Márcia Taques, diretora do Grupo Urbis, citando os vários aspectos que envolvem o papel da mulher no mercado imobiliário como consumidora e sua influência como profissional, com uma carreira corporativa e como empreendedora.
Carolina Ferreira lembrou de algumas personalidades femininas que, ao longo dos anos, passaram a ocupar posições de destaque no setor e no Secovi-SP. Como exemplo, citou Maria Helena Mauad, que fundou e presidiu por 27 anos o Ampliar, programa de responsabilidade social da entidade.
Na opinião de Elisa, ainda há muito a se conquistar pela equidade de gênero. “A questão não é dizer que a mulher vai ocupar o lugar do homem. Mas sim mostrar que a mulher tem voz ativa na tomada de decisão.”
Márcia Taques foi além, salientando o aspecto que diferencia a gestão feminina da masculina. “Profissionalmente, a mulher é muito diferente do homem, pois ela se conecta pela empatia”, pontuou a empresária.
Recuperação
Elisa Tawil disse acreditar que o setor imobiliário pode ajudar muito na recuperação econômica do País, abrindo portas pra as mulheres, via corretagem de imóveis. “A pandemia impactou a taxa de desemprego no Brasil, mas há um volume grande de mulheres que trabalha na força de vendas”, afirmou, informando que o tripé do movimento “Mulheres do Imobiliário” é networking, apoio e capacitação.
Assista a integra da Live, acessando o link.