Stephany Matsuda é diretora da JRHX Empreendimentos, do Secovi-SP e docente na UniSecovi

Volta ao trabalho presencial aumenta demanda por escritórios e movimenta ecossistema de serviços, aquecendo o mercado de lojas de rua

Desde o final de 2024, conforme levantamentos do Secovi-SP, registra-se um aumento recorde de 7,88% no valor das locações comerciais, reflexo direto da crescente busca por escritórios, motivada pela retomada do trabalho presencial, o que está impulsionando todo um ecossistema integrado por restaurantes e serviços, com destaque para o aluguel de lojas de rua.

O e-commerce e a maior ocupação dos escritórios atribuem a esses espaços dupla função: comércio e lazer. No ano passado, segundo a ABF (Associação Brasileira de Franquias), segmentos de alimentação, saúde e beleza cresceram 13% em relação a 2023. Portais de imóveis apresentam milhares de anúncios de lojas, com preços variados do metro quadrado, definidos pela localização e por características como vagas, frente e esquinas.

Do ponto de vista do investidor, o mercado imobiliário comercial permanece consistente e seguro, fato evidenciado por um aumento de 30% na procura desses imóveis; um movimento único, marcado pelo surgimento de novos players e pelo fortalecimento da demanda.

Platão, em A República, argumentava a necessidade de que a propriedade fosse de uso comum – o conceito do condomínio que temos hoje. Em meados de 1860, a frase “Compre terra, pois não fabricam” – atribuída a Mark Twain – veio reforçar que investir em imóveis era sinônimo de proteção, diversificação, segurança e rentabilidade. Ambas as ponderações se confirmam no atual desempenho da locação comercial.

 

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