CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO
Quarta-feira, 23 de maio de 2012.
Mozart Gomes/CMSP
A compostagem como alternativa ao descarte de resíduos orgânicos foi o assunto da reunião da Comissão Extraordinária Permanente de Meio Ambiente nesta quarta-feira (23). O colegiado convidou especialistas para explicarem como residências, estabelecimentos comerciais e o poder público podem criar um sistema eficaz de aproveitamento da matéria orgânica.
Compostagem é o conjunto de técnicas aplicadas para controlar a decomposição de materiais orgânicos, com a finalidade de obter, no menor tempo possível, um material estável, rico em húmus e nutrientes minerais; com atributos físicos, químicos e biológicos superiores (sob o aspecto agronômico) àqueles encontrados na(s) matéria(s)-prima(s).
Para Cláudio Spinola, da organização Morada da Floresta, tabu e desinformação rondam a compostagem. “Há o mito de que não funciona, que dá mau cheiro”, disse, defendendo que o poder público distribua cartilhas explicando como as pessoas podem realizar a compostagem nas residências. O vereador Aurélio Nomura (PSDB), membro da Comissão, concordou que a falta de conhecimento faz com que poucas pessoas realizem a compostagem doméstica.
Já Patricia Blauth, da ONG Menos Lixo, acredita que o interesse da população no assunto tem aumentado. Segundo ela, “a redução de gastos com sacos plásticos é um fator que faz as pessoas pensarem em alternativas para o lixo”. Patrícia defendeu que a educação ambiental é fundamental para que a mudança seja feita, tanto no reaproveitamento dos resíduos quando na revisão dos hábitos alimentares e diminuição do desperdício.
Nas EMEIS
Renata Santoro, do Departamento de Educação Ambiental da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (UMAPAZ), contou na reunião desta quarta-feira as experiências que a pasta têm tido com a implantação de minhocários nas escolas públicas. Desde setembro de 2011, vinte instituições participam do projeto, realizando a compostagem de seus resíduos no próprio espaço.
Nos três encontros organizados pela UMAPAZ para a concretização do minhocário, Renata explicou que a compostagem é discutida tanto com alunos quanto professores, funcionários e até pais que se interessam pelo assunto. Para ela, isso faz com que o debate “ultrapasse os muros da escola”. “Não estamos só falando de produção de adubo, outros pontos são abordados, como alimentação”, observou.
(23/05/2012 – 14h07)