SENADO FEDERAL
Sexta-feira, 14 de novembro de 2014.
Iara Guimarães Altafin | 14/11/2014, 11h44 – ATUALIZADO EM 14/11/2014, 13h23
Geraldo Magela/Agência Senado
O governo federal divulgará em dezembro o primeiro balanço dos seis meses de implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que já cobriu cerca de 132 milhões de hectares, um terço do território a ser mapeado. A informação é da Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que participou nesta sexta-feira (14) da abertura de audiência pública no Senado, sobre o papel da Justiça na proteção ambiental.
— Depois de debates acalorados para votação do Código Florestal, hoje temos uma situação positiva, de engajamento de todos em torno do Cadastro Ambiental e, a partir daí, vamos fazer o processo de regularização ambiental — disse a ministra.
Conforme informou, estão avançados os processos de migração de informações já disponíveis nos estados para a base de dados do CAR, especialmente em Mato Grosso, Bahia, Minas Gerais e São Paulo. A ministra destacou também a cooperação firmada pelo Incra com a Universidade de Lavras, para regularização de sete mil assentamentos de Reforma Agrária.
Ao comentar a situação encontrada nos dados compilados até o momento, quanto à cobertura florestal das propriedades já cadastradas, Izabella Teixeira disse que as notícias são boas.
— Muitas pessoas que achavam que tinham menos [área florestada], têm mais. Outros que achavam que tinham muitos déficits, têm poucos déficits. São notícias importantes, os pequenos agricultores estão fazendo de fato o cadastro e se surpreendendo, pois têm mais florestas do que pensavam. É claro que existem os passivos, situações que precisarão ser regularizadas, a partir de órgãos estaduais e municipais, em articulação com o governo federal – contou.
A ministra revelou ainda que o produto final do CAR, além de ser um registro da ocupação da propriedade, também apresentará sugestões para orientar o gestor ambiental quanto ao melhor caminho para a recuperação da vegetação, nos casos onde isso é necessário.
— Vamos mostrar também as oportunidades, como combinar recuperação da vegetação com aumento de produtividade, geração de emprego, desenvolvimento de tecnologia e produção de água. É o caminho para eliminar a insegurança jurídica, para o agricultor poder produzir e proteger — afirmou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)