Convidado para a série “Encontros Secovi-SP”, realizada em 13/2, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, apresentou seus planos para transformar os recursos naturais em riqueza e bem-estar social. E anunciou: “Para suportar o crescimento do País, será necessário investir cerca de R$ 2,3 trilhões em infraestrutura energética até 2029.”
Bento Albuquerque é a pessoa certa para comandar áreas que compõem a base da infraestrutura de qualquer país, respondem por 33% da arrecadação governamental e por 1/3 do PIB nacional. Isso exige muito preparo (atestado pelo formidável currículo do ministro), força política (ele foi assessor parlamentar e tem ótimo trânsito no Congresso Nacional) e ilibada reputação (condição inerente a um Almirante de Esquadra da Marinha do Brasil) para que empresas ligadas ao Ministério jamais voltem a ser ambiente de corrupção.
Segundo ele, o Brasil, 3º maior produtor mineral do planeta, é hoje o 9º maior produtor de petróleo (devendo chegar ao 5º lugar em 2029) e o 10º exportador. E sua matriz energética limpa é das maiores do mundo.
O Plano Decenal de Energia, a ser discutido com a sociedade, definirá marcos regulatórios para atrair investimentos com segurança jurídica. Além de dobrar a produção de biocombustível, reforçando a importância do Brasil na utilização de energias limpas e renováveis, a produção de gás natural merecerá especial atenção, assim como a mineração de urânio e nióbio. “Não queremos apenas exportar commodities, mas produtos com valor agregado e com boas parcerias internacionais que contribuam para o crescimento nacional. Estou otimista”, disse.
Para Basilio Jafet, a atuação do ministro é decisiva para inserir o Brasil no novo conceito geopolítico mundial. “Temos blocos mundiais divididos em concentrações específicas: polo de alta tecnologia nos Estados Unidos; serviços, cultura e lazer na Europa; indústria manufatureira do mundo na Ásia; petróleo e gás no Oriente Médio; minérios na África; e um grande centro de commodities agrícolas e minerais na América do Sul, liderada pelo Brasil. Daí a urgência de menor burocracia, maior segurança jurídica e um Estado que destrave as atividades produtivas, atuando como indutor do desenvolvimento. Há muito investimento externo de olho no Brasil. E com pessoas do quilate do ministro Bento Albuquerque no governo, teremos recursos para garantir o desenvolvimento do País.”
Balanço do Mercado em 2019 – Em coletiva de imprensa (13/2), o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, apresentou os resultados do setor imobiliário da cidade de São Paulo. Contribuíram para o volume recorde de lançamentos e vendas fatores como demanda reprimida, unidades econômicas (MCMV) e compactas. Na avaliação do presidente da entidade, Basilio Jafet, e de seu vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos, Emilio Kallas, a classe média não está sendo atendida. Sem oferta, só tem como alternativa os imóveis compactos. Além disso, restrições no uso e na ocupação do solo e elevação do custo dos terrenos vão encarecer a habitação. “Nos Eixos Estruturantes, a intenção da lei era privilegiar famílias de menor renda, usuária do transporte público. Mas isso não está acontecendo. Quem mais precisa continua sendo empurrado para a periferia. Só a calibragem da Lei de Zoneamento pode reverter esse processo”, considerou Kallas. A íntegra do balanço está no portal Secovi.
19 de fevereiro de 2020