A análise de Caio Portugal, presidente da Aelo e vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP

No ano de 2021, foi confirmada a tendência iniciada com a pandemia (03/2020): no Estado de São Paulo, o mercado de lotes urbanizados, seja pela ressignificação da casa, seja pela percepção do consumidor dos atributos intrínsecos ao produto imobiliário lotes (que congrega espaço, áreas verdes, planejamento urbano, e flexibilidade para construção na capacidade e no tempo financeiro do consumidor), teve desempenho superior ao histórico de lançamentos e comercialização no período anterior à pandemia.

O gráfico mostra que, assim como ocorreu no mercado de incorporação imobiliária, o substancial volume de vendas superou o de lançamentos. Portanto, os estoques estão nos menores níveis já experimentados.

Por outro lado, desvalorização cambial e elevação dos preços das commodities, dentre outros fatores, impactaram os custos de urbanização, diminuindo as margens das empresas loteadoras, o que dificulta a realização de novos empreendimentos para atender o crescimento da demanda.

O ano de 2022 será ainda desafiador. Espera- -se que os aumentos dos custos de urbanização se estabilizem e que as reformas estruturais, em especial aquelas voltadas para o nosso segmento – caso da Lei Geral do Licenciamento Ambiental -, venham a ser aprovadas em definitivo pelo Congresso Nacional.

E, igualmente importante, que o processo eleitoral priorize o direcionamento para uma economia de mercado robusta, liberal e incentivadora da atividade empreendedora privada, como é a do setor de loteamento urbano.

→ Ver coluna em PDF