CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

 

Sexta-feira, 31 de julho de 2014. 

 

Da Redação

 

 

 

A partir desta sexta-feira (1/8), as construtoras não poderão elaborar projetos de edifícios com mais de oito andares nos miolos de bairros altamente verticalizados, como Moema, Perdizes e Pompeia. Essa medida está presente no Plano Diretor Estratégico (PDE), que foi sancionado nesta quinta-feira (30/8) pelo prefeito Fernando Haddad (PT), durante uma cerimônia no Auditório Oscar Niemeyer, no Parque do Ibirapuera.

Um dos pontos que o texto do PDE prevê é que haja um adensamento populacional nos eixos de transporte, como os corredores de ônibus, e que no interior dos bairros os prédios residenciais e comerciais tenham um limite 25 metros, o equivalente a oito andares.  Como essa é uma questão autoaplicável, não precisa de uma regulamentação e, portanto, passa a valer automaticamente após a sanção.

“O preço dos imóveis no miolo dos bairros podem subir e, com isso, desestimular o adensamento nessas áreas. Já nas bordas dos bairros, [o preço] deve cair”, afirmou o prefeito.

Aprovado na Câmara Municipal no dia 30/6, o Plano Diretor passou por uma discussão que durou mais de seis meses e contou com a participação de 25.692 pessoas. Ao total foram 10.147 contribuições, vindas dos cidadãos por meio da internet, de reuniões, das discussões no Legislativo e das 114 audiências públicas realizadas em vários pontos da cidade. O projeto define as diretrizes para orientar o desenvolvimento e o crescimento da cidade de São Paulo pelos próximos 16 anos.

O vereador Nabil Bonduk (PT), relator do PDE, acredita que a autoaplicabilidade de vários aspectos do Plano, como a questão da ocupação em bairros altamente verticais, é uma forma de já colocá-lo em prática e não repetir as falhas de Planos anteriores. O vereador ainda acredita que os recursos federais, agora existentes, também ajudam a proporcionar isso.

 

 

 

Segundo Haddad, São Paulo está alinhada com as diretrizes mais modernas do mundo, pois o Plano Diretor transforma, do ponto de vista social, a cidade. “Queremos combater os muros visíveis e invisíveis que separam os moradores de São Paulo. Esse é o nosso norte”, ressaltou.

Questionado sobre os vetos ao projeto aprovado, o prefeito disse que foram apenas de caráter técnico e pontuais, e que as principais diretrizes do projeto não foram alteradas.

 

(31/07/2014 – 21h)

 

Fonte: Câmara Municipal de São Paulo

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