SENADO FEDERAL
Quarta-feira, 8 de abril de 2015.
Da Redação | 08/04/2015, 16h18 – ATUALIZADO EM 08/04/2015, 17h15
O diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, criticou o texto da Medida Provisória (MP) 665/14, que dificulta o acesso ao seguro-desemprego.
Segundo o dirigente, que participa neste momento de audiência pública da comissão especial que analisa a MP, cerca de 2 milhões de trabalhadores serão impactados diretamente pelas mudanças e perderão o benefício.
Ganz observou a MP foi editada no período em que o desemprego está aumentando e, consequentemente, vai atingir os mais frágeis.
— O contingente que vai procurar o seguro-desemprego é maior e, obviamente, pelo colocado na MP, não terão acesso ao benefício — explicou.
Mudanças
Desde março, as novas regras para o seguro desemprego já estão valendo. Antes, o trabalhador recebia o seguro comprovando apenas seis meses de trabalho com carteira assinada. Agora, serão necessários 18 meses apurados nos últimos 24 meses. Na segunda solicitação, a carência será de 12 meses e somente a partir da terceira é que a carência volta para seis meses.
Com relação ao número de parcelas do benefício, pela MP, na primeira solicitação, o trabalhador poderá receber quatro parcelas do seguro-desemprego se tiver trabalhado entre 18 e 23 meses e cinco parcelas se tiver trabalhado a partir de 24 meses.
O debate prossegue na sala 6 da Ala Nilo Coelho, no Senado.
Mais informações a seguir.
Da Agência Câmara
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)