O Secovi-SP, por meio de seu vice-presidente de Habitação Econômica, Flávio Prando, tem se posicionado firmemente perante a imprensa em relação às medidas restritivas no financiamento de imóveis usados anunciadas pela Caixa Econômica Federal. Pelas novas regras, cai de 80% para 50% a cota financiada pela instituição com recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). 

Na avaliação do dirigente, a notícia é alarmante. “Após dois aumentos consecutivos nas taxas de juros do crédito para aquisição de imóveis, é com enorme preocupação que o setor imobiliário recebe a notícia das mudanças nos critérios de financiamento de unidades usadas anunciadas pela Caixa, banco responsável por 65% do crédito habitacional do País”, diz Prando. 

Na avaliação do Secovi-SP, há um iminente risco de um apagão no crédito imobiliário no País, o que seria um retrocesso, pois tem sido justamente o financiamento de imóveis, com juros adequados e prazos mais longos, a força motriz do setor. 

Como alternativa para enfrentar a escassez de recursos da poupança, que é a razão apresentada pela Caixa para promover a mudança  nos financiamentos de usados, o vice-presidente do Sindicato defende a redução, pelo Banco Central, do depósito compulsório para 10%, o que abasteceria o SFH (Sistema Financeiro Habitacional) em R$ 50 bilhões. 

Ainda, Prando destaca a necessidade de implementação definitiva, pelo governo federal,  da fase 3 do Minha Casa, Minha Vida e de atualização de seus parâmetros, que se encontram completamente descasados da realidade de mercado, principalmente nas regiões metropolitanas. 

Artigo – Nesta segunda-feira, 4, o vice-presidente publicou um artigo no portal UOL (leia aqui), no qual destaca os efeitos que a medida da Caixa pode desencadear e cobra do governo federal as necessárias atualizações dos parâmetros do programa Minha Casa, Minha Vida.