Presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), do Sesi-SP (Serviço Social da Indústria) e do Senai-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Paulo Skaf foi o convidado do último encontro do NAT (Núcleo de Altos Temas) e da política Olho no Olho do Secovi-SP, realizado em 14/4. Pré-candidato ao governo do estado pelo PMDB, Skaf não criticou a gestão atual do governador Geraldo Alckmin, mas opinou: “As pessoas que governam o maior estado do país são as mesmas há 20 anos. É muito tempo! Para atingir resultados diferentes é preciso fazer diferente.” 

Em conformidade com a lei eleitoral, até 30/5 Skaf vai se licenciar da presidência das entidades que dirige para concorrer à indicação de seu nome como candidato ao governo de São Paulo, em reunião do diretório estadual do PMDB. Questionado pelo presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, sobre os motivos de concorrer ao governo, Skaf explicou: “A sociedade está no século 21, mas os governos estão parados nos anos 1980. Não adianta reclamar e ficar de fora da política. Quem transforma o poder são as pessoas e tenho estimulo para entrar na gestão pública e fazer tudo diferente, com visão de progresso, geração de riquezas e empregos. Entendo que a burocracia não ajuda em nada.”

Contágio – De acordo com Skaf, as áreas que apresentam mais problemas de gestão no estado são Saúde, Transportes e Educação. “São Paulo é rico e deveria ter bons serviços públicos. Porém, o governo não investe em educação, mas pretende construir novos presídios. À frente do Sesi e do Senai, promovi uma verdadeira revolução no ensino, oferecendo educação em tempo integral, alimentação, estímulo à participação dos jovens nas áreas esportivas e artísticas. Um cidadão bem formado não vai precisar de presídio. Acredito na transformação pela educação. E tudo o que acontece em São Paulo irradia positiva ou negativamente para o restante do Brasil”, ressaltou. 

Reconhecida por assumir a dianteira na defesa da solução de problemas complexos, como tributação excessiva, corrupção e burocracia, a Fiesp vai apoiar o projeto de empregabilidade para egressos do sistema penitenciário desenvolvido pelo Ampliar – programa social de educação profissional de jovens e adolescentes em situação de risco social, que tem apoio logístico do Secovi-SP –, em parceria com o Grupo Cultural AfroReagge. O apoio foi anunciado por Bernardes, presidente do Sindicato, durante a abertura do evento. 

Sobre a importância de trazer Skaf para falar aos empresários, o coordenador do NAT, Romeu Chap Chap, opinou: “A trajetória da Fiesp se confunde com a história do desenvolvimento do Brasil. Essa potência institucional luta pelo bem da indústria e da sociedade.” 

Sobre a sucessão presidencial, Skaf disse que não acredita em nada que possa mudar radicalmente os rumos do Brasil. “As pessoas se preocupam demasiadamente com a eleição do executivo federal e se esquecem das eleições para governador. Esta, sim, tem de ser bem analisada”, concluiu.