Você sabia que a cidade de São Paulo manda para o aterro sanitário 18 mil toneladas de lixo todos os dias? Só os resíduos orgânicos representam 5 mil toneladas diárias, que poderiam ser compostados em casa e transformados em adubo.
Para incentivar os cidadãos a fazerem compostagem doméstica, a prefeitura da cidade de São Paulo lançou o movimento Composta São Paulo, que selecionará duas mil pessoas para receber uma composteira.
A partir de agosto, os selecionados participarão de oficinas de compostagem e plantio, além de fazer parte de uma comunidade online de troca de conhecimento e experiências.
Durante os primeiros cinco meses, a ação espera compostar 300 toneladas de lixo orgânico. Outro objetivo é gerar informações e aprendizados para impulsionar e fomentar a elaboração de uma política pública que estimule a prática da compostagem doméstica na cidade.
Moradores da cidade de São Paulo interessados em participar do projeto podem fazer inscrições até 27/07, por meio do site da iniciativa.
Idealizado e executado pela Morada da Floresta, o movimento é uma iniciativa da Secretaria de Serviços da Prefeitura de São Paulo, por meio da AMLURB, realizado pelas concessionárias de limpeza urbana Loga e Ecourbis, e integra o Plano Municipal de Resíduos Sólidos.
Plano de Resíduos Sólidos de São Paulo
Reduzir, nos próximos 20 anos, de 98,2% para 20% o volume de lixo gerado pela capital paulista que é despejado nos aterros sanitários é a meta da Prefeitura de São Paulo em seu Plano de Resíduos Sólidos, apresentado pelo prefeito Fernando Haddad em abril.
Para atingir o objetivo, a administração espera que até 2033 ao menos 30% dos paulistanos tratem dentro de casa os resíduos orgânicos domiciliares, que correspondem a 51% das 20,1 mil toneladas de lixo coletadas por dia na cidade. O projeto Composta São Paulo é uma das iniciativas para alcançar a meta.
Segundo a secretaria municipal de Serviços, o novo plano ajusta o sistema de coleta da prefeitura ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, optando pela reciclagem, em vez de apostar em outras resoluções, como incineração do lixo.
O plano municipal prevê a construção de quatro centrais de reciclagem para os resíduos secos, como latas, vidros, plásticos e papéis, que deve quintuplicar o volume de lixo reciclado. Hoje, são cerca de 250 toneladas por dia. A meta é chegar a 1.250 toneladas.
Também deve ser ampliada a parceria da prefeitura com os catadores de material reciclável nas ruas. O plano prevê que, até 2016, no fim da gestão Haddad, os 96 distritos da capital estejam cobertos com a coleta seletiva. Hoje, apenas 75 distritos, que correspondem a 42% dos domicílios paulistanos, recebem a coleta segregada de resíduos.
Para o lixo reciclável úmido, como caixas de pizza, papel higiênico e fraldas descartáveis, a gestão Haddad pretende criar três ecoparques na cidade. Inspirados em instalações existentes na Alemanha e na Espanha, os locais separam o que é possível ser reciclado do que é rejeito e deve ir para os aterros. O plano também inclui meta da gestão de compostagem de 100% do lixo, das 880 feiras livres, até 2016.
Fonte: portais Planeta Sustentável e EcoDesenvolvimento