Com o tema “A 4ª revolução industrial e seus impactos em como investimos, construímos e viveremos nas cidades do futuro”, Secovi-SP e RICS realizaram a terceira edição do Summit Brasil na sede do Sindicato da Habitação no final de junho.
Em seu pronunciamento na abertura do evento, o presidente do Secovi-SP, Basílio Jafet, rememorou as revoluções industriais até chegar ao atual momento, em que as tecnologias digitais são as grandes indutoras das transformações, com inteligência artificial, blockchain, cloud computing, redes sociais, mobilidade, Internet das Coisas (IoT), nanotecnologia, impressão 3D e Big Data.
“Todas essas mudanças estão acontecendo numa velocidade assustadora, alterando a forma como vivemos, trabalhamos, nos relacionamos, enfim, mudando o mundo como o conhecemos”, disse Jafet. “Nesse cenário, a indústria imobiliária e da construção se vê diante da imperativa necessidade de se posicionar nesse verdadeiro turbilhão de inovações. E a única saída é nos tornamos todos 4.0.”
As discussões dos três painéis abordaram, de forma provocativa, o retrato atual do setor imobiliário e as tendências que já estão traçando os novos caminhos da habitação, fortemente influenciados pelas novas tecnologias; mudanças no comportamento, necessidades e forma de consumir da sociedade e a crescente relevância da sustentabilidade.
Sabina Deweik (ThinkForward), Renato Meirelles (Instituto Locomotiva) e Neil Shah (RICS) abordaram no primeiro painel, focado em comportamento, tópicos como a “busca por sentido” encabeçada pela Geração Z, maior consciência de nichos de mercado, dados demográficos e socioeconômicos do Brasil de hoje (ex.: 15% dos domicílios no Brasil são ocupados por pessoas que moram sozinhas).
O segundo painel contou com participação de Adriano Mantesso (Ivanhoé Cambridge), Adriano Sartori (CBRE) e Alexandre Frankel (Vitacon e Secovi-SP), que debateram sobre construir para o futuro. Cultura do compartilhamento adotada por condomínios, tendência de migração da casa própria para uma moradia mais fluida (novos modelos de locação), escritórios preparados para receber a nova força de trabalho (ambientes livres, colaborativos), fortalecimentos de shopping centers como centros de lazer e entretenimento (e por que não, centros de logística?) foram discutidos.
O futuro das cidades, envolvendo o público e o privado, pautou o último painel, que contou com Flavio Amary (Secretaria de Habitação do Estado de São Paulo), Henrique Paiva (Siemens) e Raphael Albergarias (IPMA), com a moderação de Claudio Bernardes, presidente do Conselho Consultivo do Secovi-SP. Dentre os temas, os palestrantes debateram a cyber segurança, smart cities factíveis (superar falhas de gestão de projeto), políticas públicas para tornar cidades mais inclusivas e igualitárias, desburocratização e PPP´s.
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