Decisão da Caixa eleva expectativas do setor

A Caixa Econômica Federal reduziu em até 1 ponto porcentual as taxas de juros para financiamentos imobiliários com recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). Com a medida, anunciada em 8/10, a menor taxa de juros cobrada pela Instituição passará de 8,5% mais a TR (Taxa Referencial) para 7,5% mais a TR. Já a maior taxa baixará de 9,75% mais a TR para 9,5% mais a TR.

Segundo o banco, as mudanças passam a valer a partir de amanhã, 14/10, em todas as agências do País. O corte de juros valerá para créditos com saldo devedor atualizado pela TR no SFH (Sistema Financeiro de Habitação) e no SFI (Sistema Financeiro Imobiliário).

O corte surge na esteira das reduções da Selic, a taxa básica de juros da economia, atualmente em 5,5% ao ano, o menor nível da história. Desde a redução da Selic, várias instituições financeiras anunciaram cortes nas taxas voltadas para o crédito imobiliário. A redução anunciada pela Caixa não abrange os contratos lançados recentemente pelo banco, que são indexados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) – o índice oficial de inflação. Nesses contratos, as taxas de juros variam de 2,95% mais o IPCA a 4,95% mais o IPCA.

Do ponto de vista do consumidor, a redução das taxas representa parcelas menores em um momento em que o mercado dá sinais claros de recuperação. Isso reflete no aumento da confiança do trabalhador na aquisição de um financiamento, seja do primeiro imóvel ou para investimento. A redução da Selic também resulta em menores custos para as construtoras e, consequentemente, mais recursos disponíveis para lançamentos e construções de unidades habitacionais.

O diretor regional do Secovi em Bauru, Riad Elia Said, acredita que o impacto da medida é positivo e atinge vários segmentos da cadeia imobiliária. “Taxas de juros mais baixas e o cenário de confiança entre empreendedores e consumidores estão entre os fatores que contribuem para um melhor ambiente de negócios. Os dados mostram a recuperação do setor e a perspectiva de uma economia cada vez mais forte e pujante, com maior oferta de crédito e a consequente geração de empregos”, afirma.