Ser o primogênito ou o filho caçula de uma família pode ter algum impacto sobre a vida profissional? Para os estudiosos da genitura, área da psicologia que estuda esse tema, a resposta é sim. O assunto foi abordado no último encontro da série Liderança e coaching empresarial: Como o líder pode aprimorar sua performance e atingir os resultados almejados, promovido pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação).

A realização do evento ficou por conta do PQE (Programa Qualificação Essencial) e do Grupo Novos Empreendedores, que convidaram a pedagoga e psicóloga Josiane Barbieri para ministrar a palestra sobre o tema. A especialista explicou que a genitura não procede necessariamente de acordo com a ordem dos nascimentos biológicos, mas é influenciada por outros fatores, como o sexo dos filhos. Por exemplo: em uma família com três filhos, sendo duas meninas intercaladas por um menino, a primeira filha é a primogênita, o filho também é primogênito (por ser o primeiro menino) e somente a caçula será a segundogênita. Se, porém, fossem três meninas, a mais nova seria uma benjamim. Mas, afinal, como tudo isso pode interferir na trajetória profissional?

“A psicologia da genitura indica que as pessoas tendem a agir de diferentes formas, conforme o posicionamento familiar. Cada um dos perfis apresenta características bem específicas, que carregamos pelo resto de nossas vidas”, explica Josiane. “Infelizmente, a influência da genitura é pouco avaliada dentro de uma organização e, muitas vezes, é capaz de levar empresas à falência”, alerta.

Conheça abaixo os perfis da genitura.

Primogênito
Gosta de liderar, mas, na vida profissional, pode vir a agir com certa ingenuidade, porque nem cogita que alguém poderá contrariá-lo. Tende a se posicionar como um líder conservador.

Segundogênito
Desenvolve-se em ritmo bem diferente do primogênito. Dotado de forte espírito crítico, tem tendência a se rebelar. Em geral, líderes revolucionários são segundogênitos.

Benjamim
Não assume o modelo de chefe nem o de crítico, mas procura fazer-se amar por todos. Tende a ser um bom gestor de conflitos e sabe ganhar o espaço dele de outras formas, como bom ouvinte. Costuma se dar bem na área comercial.

Filho único
Seu comportamento dependente, essencialmente, da maneira como a mãe o cria. A ela, cabe a missão de amá-lo muito, de oferecer afeto pleno e, ao mesmo tempo, assegurar que ele se torne independente.

Josiane Barbieri orienta que, por mais que esses perfis possam ajudar ou atrapalhar nas realizações profissionais, o fator mais determinante será sempre a inteligência: “Devemos ser capazes de alcançar esta abertura mental”, enfatiza.