A sociedade espera, o Brasil precisa, o futuro exige

A redução do tamanho do Estado há anos é bandeira dos brasileiros que não mais suportam arcar com uma carga tributária exorbitante. A população está cansada de tanto pagar e pouco receber.

Há caminhos possíveis para a construção de um país com mais empregos, atrativo aos investimentos, gerador de riquezas e com diminuição das desigualdades. E um primeiro passo nessa direção é a inadiável reforma administrativa.

A organização do Estado – nos três níveis de governo – precisa de um choque de gestão, pois é nítido que o modelo em vigor conduzirá o País a colapso que só poderá ser enfrentado da pior forma possível: a criação de novos tributos que vão penalizar ainda mais a presente e as futuras gerações.

Comparar o Brasil com o funcionamento de um condomínio é forma singela de mostrar a realidade. Os condôminos definem necessidades e desejos, estimam custos, decidem onde cortar, elaboraram orçamento e só então fazem rateio das despesas.

Em 2021, no complexo e disfuncional sistema da administração pública, as despesas obrigatórias do governo federal consumiram 93,7% de todo o orçamento, sendo a segunda maior delas o gasto com a folha de pagamento.

Se nada for feito, pouco sobrará para aplicação em programas sociais, saúde, educação, segurança e investimentos imprescindíveis ao crescimento nacional e à geração de empregos.

A sociedade precisa se mobilizar e exigir que seus representantes levem adiante a pauta da reforma administrativa. Sem ela apenas uma certeza: seremos cada vez mais contribuintes e menos cidadãos, e o funcionalismo público continuará sofrendo com a ausência de reajustes e mesmo, como já aconteceu em cidades do País, com o não recebimento de seus salários. A única saída é o equilíbrio fiscal.

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