Guerras não combinam com o século 21

história mostrou que dominações pelaforça em nada contribuíram para elevar o patamar civilizatório da humanidade. Felizmente, o mundo evoluiu nas últimas décadas. Grandes guerras saíram do radar. Não que contássemos com um ambiente tranquilo. As ameaças sempre estavam no ar. De testes de mísseis a ataques cibernéticos

Porém, em 24 de fevereiro de 2022, uma delas colocou os pés na terra: a Rússia invadiu a Ucrânia, trazendo a todos nós enorme temor e absoluta perplexidade.

A questão premente não é considerar as razões que a Rússia possa ter (ou não) para tal iniciativa. A questão é ver a capacidade de diálogo, que supúnhamos consolidada até mesmo por conta da globalização, se revelar frágil.

Fica a impressão de que as instituições responsáveis por essa lúcida via de entendimento relegaram seu compromisso em relação ao contínuo fortalecimento desse caminho.

Aquela mesma sensação de falta de proatividade que tivemos em relação à Organização Mundial da Saúde (OMS) quando eclodiu a pandemia alcança agora a Organização das Nações Unidas (ONU).

Onde estão os chanceleres e os recursos diplomáticos que deveriam ser empregados na concertação de crises?

A guerra na Ucrânia remete a práticas que julgávamos superadas. ONU e outros organismos multilaterais se revelam incapazes de impor a via institucional como caminho de solução.

Paira sobre todos nós o pavor de um conflito com explosões nucleares; o medo de voltarmos à oposição armada entre Oriente e Ocidente, o que considerávamos página virada de nossa história.

É primordial defender a paz. É só com ela que podemos melhorar o mundo. Se assim não for, teremos de nos preparar para um amargo retrocesso.

→ Ver coluna em PDF