Medidas incluem elevação do teto de financiamento para R$ 2,25 milhões e injeção imediata de R$ 30 bilhões a R$ 35 bilhões no mercado
O Secovi-SP participou nesta sexta-feira, 10/10, da cerimônia de anúncio de novo modelo de financiamento habitacional, com o objetivo de ampliar o acesso à casa própria e modernizar o uso dos recursos da poupança. O evento contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de diversas autoridades.
Entre as principais mudanças, destaca-se a elevação do teto para financiamentos no âmbito do SFH, que passou de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, com taxas de juros de até 12% ao ano. Além disso, o novo modelo prevê a liberação gradual dos recursos da poupança atualmente depositados compulsoriamente no Banco Central. De imediato, serão liberados 25% desses recursos, injetando de R$ 30 bilhões a R$ 35 bilhões no mercado de crédito imobiliário.
Outra medida relevante é a exclusão, nos próximos cinco anos, do cômputo de recursos direcionados de valores vinculados ao FCVS e de imóveis retomados pelos bancos, contribuindo para maior transparência e eficiência na alocação dos recursos.
O percentual de direcionamento dos depósitos de poupança para o crédito imobiliário será ampliado gradualmente, de forma que, até 31/12/2026, 80% sejam aplicados em operações do SFH e 20% em financiamentos imobiliários.
Para o Secovi-SP, as medidas anunciadas refletem, em parte, as sugestões apresentadas pelo setor, formuladas com base em estudos técnicos e análises aprofundadas. “As entidades cumpriram seu papel, e a credibilidade e o diálogo do governo com o setor foram fundamentais para a concretização das propostas”, destacou o presidente do Secovi-SP, Rodrigo Luna.
Outra notícia anunciada durante a cerimônia, pelo presidente da Caixa, Carlos Vieira, foi o aumento do financiamento SPBE de 70% para 80%.
O evento contou com a presença dos presidentes do Secovi-SP, Rodrigo Luna e Ely Wertheim (executivo); da Abrainc, Luiz França; e da CBIC, Renato Correia; do Banco Central, Gabriel Galípolo; os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Jader Filho (Cidades); parlamentares e vereadores, dentre outras autoridades.