O presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, tem apresentado, em palestras, a proposta inovadora de planejamento megametropolitano.

Desenvolvido em função da necessidade de pensar como será a metrópole de São Paulo nas próximas décadas e encontrar um novo modelo, que possibilite ao mercado imobiliário desempenhar sua função social, ou seja, equilibrar oferta e demanda, e proporcionar qualidade de vida para a população, o projeto apresenta um novo desenho de cidade.

Em uma cidade onde são realizadas 38 milhões de viagens por dia e sem transporte de massa eficiente e suficiente, é fundamental adotar modelos diferenciados de ocupação de curto, médio e longo prazo.

Utilizar a rede ferroviária urbana existente e criar polos de desenvolvimento autossustentáveis, com escala e acesso às linhas férreas e criação de um parque linear e ciclovias consiste em ação de médio prazo. Já solucionar os problemas das metrópoles exige um planejamento de longa dimensão e caráter megametropolitano.

Novidade – Essa região megametropolitana compreenderia  as cidades de São Paulo, Sorocaba, Campinas, São José dos Campos e Santos, e seriam utilizadas como “nós” principais deste modelo de desenvolvimento. Proposta idêntica está sendo desenvolvida na Europa, juntamente ao conceito de diamantes urbanos.

A criação dessa região megametropolitana, entre outras medidas, necessita da identificação do perfil urbano das cidades, da criação de fóruns de líderes para direcionar o assunto, do mapeamento geográfico e ambiental dessas regiões e, principalmente, da elaboração de uma legislação federal específica sobre o assunto. “O sistema de cidades integradas vai além daquele de solucionar problemas pontualmente, com ações isoladas. Temos de ampliar os horizontes”, enfatizou Bernardes.

As fotos abaixo são de palestra feita por Claudio Bernades durante reunião do Conselho de Política Urbana (CPU), da Associação Comercial de São Paulo, dia 18/4.