“ Precisamos de ordem, progresso e amor pelo Brasil”, disse Rodrigo Pacheco, em foto com Jafet, Saad, Ramos e Guimarães |
Este foi o tema que abriu a Convenção Secovi (23 e 24/8), com a participação de Rodrigo Pacheco (presidente do Senado e do Congresso Nacional), Marcelo Ramos (vice-presidente da Câmara dos Deputados), Flavio Amary (secretário estadual da Habitação), Paulo Saad Jafet (vice-presidente do Grupo Bandeirantes de Comunicação) e Luiz Henrique Guimarães (CEO do Grupo Cosan e presidente da Abrasca), com mediação do diretor de Jornalismo da TV Cultura, Leão Serva.
Basilio Jafet, presidente do Secovi- SP, assinalou o difícil cenário nacional. “Temos uma pandemia que já dura um ano e meio, uma crise hídrica anunciada, inflação e juros crescentes, e deterioração da imagem do Brasil num momento em que existe capital externo com liquidez empoçada que não chega aqui. Infelizmente, desperdiçamos o bônus demográfico. Hoje, nos deparamos com uma inversão de prioridades: ao invés de nos dedicarmos ao enfrentamento dos atuais desafios, assistimos a uma crise política e ao aumento de tensão entre os poderes. A reforma administrativa precisa avançar e é imprescindível simplificar o sistema tributário nacional”, asseverou.
O secretário estadual da Habitação, Flavio Amary, relatou ações voltadas à oferta de moradia digna e lamentou o fato de o governo federal ter cortado 98% do orçamento do Ministério do Desenvolvimento Regional para o Casa Verde Amarela. “O governo estadual está direcionando recursos para minimizar os impactos, por meio de novos programas.”
Para Paulo Saad, o grande desafio do momento é a defesa da democracia, da liberdade de expressão e da livre iniciativa. “Não podemos nos perder em discussões inócuas. Deixemos os sectários em seu canto. É hora de lutar a boa luta em prol das próximas gerações.”
Na visão de Luiz Henrique Guimarães, “democracia e livre iniciativa são as únicas saídas”. Segundo ele, a rota do desenvolvimento se apoia em três pilares: reforma e governança tributária, revisão do papel do Estado e consolidação do Brasil como potência verde. “Possuímos a maior floresta e a maior biodiversidade do planeta. Tudo para sermos a grande potência verde do mundo, líder dentre as bolsas de crédito de carbono. Estou otimista.”
“Temos mais de 570 mil mortes por covid, 14,8 milhões de desempregados, 19 milhões com fome, inflação acelerada. Tivemos em 2019 o ambiente mais reformista da história recente. Aprovamos a reforma da Previdência, porém outras não avançaram, como a administrativa e a tributária, cuja proposta hoje em discussão em nada colabora para criar igualdade e ambiente de negócios mais sadio. Hoje, a prioridade é a defesa intransigente da democracia. Sem ela não temos nada. Nem o direito de divergir”, sentenciou Marcelo Ramos.
Consolidando as manifestações, Rodrigo Pacheco afirmou que, como nunca, o País precisa de união. “Temos de focar o desenvolvimento social, que depende do desenvolvimento econômico. Isso impõe, neste momento, a atuação do Estado, que não pode se omitir. Precisamos de uma política que não atrapalhe a economia para que Estado e setor produtivo possam se agregar. Hoje, o Senado trabalha para conter a instabilidade política e promover a moderação. Não admitiremos retrocesso ao estado de direito e à democracia. Não se trata de afronta ou hostilidade, mas de uma postura republicana, que obedece à Constituição. Precisamos de ordem, progresso e, principalmente, amor. Amor pelo Brasil.”