As empresas que atuam no setor de construção civil estão preocupadas em virtude dos atrasos nos repasses do programa Minha Casa, Minha Vida. Muitas construtoras, em especial as de pequeno e médio porte, estão sem recursos para quitar a segunda parcela do 13º salário, pois contavam justamente com o pagamento do governo para honrar com seus compromissos financeiros. Não podendo contar com esses recursos, muitas empresas já cogitam dispensar seus funcionários.
A estimativa é que a dívida do governo seja da ordem de R$ 2 bilhões.
Atualmente, aproximadamente 500 mil trabalhadores estão diretamente ligados à construção de unidades do MCMV, o que dá a dimensão do impacto negativo em cadeia que o atraso no repasse provoca. Como, no âmbito do programa, as margens são pequenas, as empresas, para compensar, contratam o máximo de unidades possível. Diante disso, o cenário se torna ainda mais preocupante.
O Secovi-SP e as entidades ligadas à CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) têm dialogado amplamente com representantes do Tesouro Nacional, a fim de evitar que suas empresas associadas sejam prejudicadas.