O vice-presidente de Assuntos Turísticos e Imobiliários do Secovi-SP, Caio Calfat, participou, no último dia 15/4, do Encontro Cimlop (Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa) 2015, ocorrido na sede do Secovi-SP.

A Cimlop conta com a participação de entidades angolanas, brasileiras, cabo-verdianas, moçambicanas e portuguesas com o objetivo de criar um instrumento de captação de investimento para os mercados imobiliários desses países e instrumento de estímulo à cooperação e parceria entre instituições lusófonas.

Caio Calfat ministrou a palestra “O setor hoteleiro brasileiro”, com o intuito de fornecer instrumentos de análise para os empresários presentes conhecerem melhor o mercado atual e futuro. Na ocasião, Calfat esteve acompanhado por Manoel Gama, presidente do Fohb (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil), ele próprio nascido em Moçambique e residente no Brasil há mais de 40 anos, além de Flavio Amary, vice-presidente do Interior do Secovi-SP, e Luis Lima, presidente da Cimlop.

Parque hoteleiro

Na palestra, foram apresentados os números mais recentes sobre o setor, divulgados pelo Ministério do Turismo. Em 2014, eram 485.193 apartamentos em 9.909 hotéis. Desse total, 91% são hotéis independentes (37% com menos de 20 quartos) e 9% de hotéis de rede (que, por sua vez, abrigam 31% das unidades). O patrimônio estimado à época era de R$ 36 bilhões. Um terço dos quartos está localizado nas dez maiores cidades brasileiras, sendo que o Rio de Janeiro e São Paulo respondem por 16% do mercado. A média de ocupação no ano passado estava próxima dos 66,7%. O setor gera cerca de 1 milhão de empregos diretos e indiretos e, para cada R$ 1,00 circulante no ramo, gera-se R$ 1,832 na economia brasileira. As previsões até 2020 são de crescimento, com uma expectativa de investimentos da ordem de R$ 12 bilhões. Nesse montante, são esperados 55 mil novos apartamentos e 22 mil empregos diretos.

Ranking

Conforme levantamento realizado, entre 2013 e 2014, pela Hotelaria em Números Brasil 2014 e Hotels Magazine, todas as top ten mundiais estão no Brasil, exceto a Home Inns & Hotels e a Shanghai Jin Jiang. As grandes marcas de luxo começam a se inserir no País, entre elas, Four Seasons, Ritz Carlton, Mandarim Oriental e outras. Entre as redes mais presentes atualmente no cenário brasileiros estão: Accor (197 hotéis e 32.462 apartamentos); Choice (65 hotéis e 10.308 unidades); Louvre Hotels (39 hotéis e 7.430 quartos); Nobile (18 hotéis e 5.160 apartamentos); e Blue Tree (23 hotéis e 4.904 unidades).

Ao final do encontro, o vice-presidente de Assuntos Turísticos e Imobiliários do Secovi-SP, Caio Calfat, ressaltou que São Paulo ainda tem espaço para hotéis de todos os padrões, com destaque para aqueles estruturados para abrigar eventos. “O novo Plano Diretor Urbano da cidade favorece a construção de hotéis, especialmente ao longo das principais avenidas, até porque poucos estabelecimentos hoteleiros foram construídos na cidade nos últimos dez anos”, disse. A lamentar, as poucas opções de crédito para novos investimentos no setor. “Infelizmente, ainda não temos financiamentos de bancos tradicionais para construção de hotéis, somente o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) possui linha de crédito específica, mas a demora na análise dos processos e as exigências do banco acabam inviabilizando estas operações. Por isso, o mercado partiu para a construção de condo-hotéis, que acabou se tornando o jeito brasileiro de construir hotéis”, afirma.

Já o presidente do Fohb, Manoel Gama, pontuou que o mercado hoteleiro tornou-se muito saturado em período de férias, como julho e janeiro, e ocioso nos demais meses do ano. “Se todo mundo sai de férias ao mesmo tempo, os preços ficam mais caros e a qualidade do serviço cai. As pessoas deveriam fazer um escalonamento e, com isso, todos saem ganhando porque os players do setor também terão trabalho o ano todo”, comentou.

O vice-presidente de Assuntos Turísticos e Imobiliários do Secovi-SP, Caio Calfat, participa nesta quarta-feira, 15/4, a partir das 10 horas, do Encontro Cimlop (Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa) 2015 com o tema “O setor hoteleiro brasileiro”.

A Cimlop conta com a participação de entidades angolanas, brasileiras, cabo-verdianas, moçambicanas e portuguesas com o objetivo de criar um instrumento de captação de investimento para os mercados imobiliários desses países e instrumento de estímulo à cooperação e parceria entre instituições lusófonas.

Para Caio Calfat, o painel “O setor hoteleiro brasileiro” servirá de instrumento de análise para os empresários presentes conhecerem melhor o mercado atual e futuro. “Vamos mostrar um histórico de como o parque hoteleiro brasileiro se desenvolveu até agora e, a partir daí, como o setor está se preparando para enfrentar os desafios futuros”, explica o vice-presidente de Assuntos Turísticos e Imobiliários do Secovi-SP. O evento é exclusivo para associados do Secovi-SP.