Graças ao desempenho do setor imobiliário, a construção civil cresceu 2% no segundo trimestre de 2019, na comparação com igual período do ano anterior, rompendo um ciclo de cinco anos consecutivos de queda.
De acordo com a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria), os lançamentos imobiliários cresceram 11,8% e as vendas 16% em âmbito nacional. Na capital paulista, a Pesquisa Secovi-SP de junho registra recorde histórico, com incremento de 176% nas vendas em quase 219% nos lançamentos, em relação ao mesmo mês do exercício anterior.
Tais resultados repercutiram diretamente no resultado do PIB (Produto Interno Bruto), cuja alta de 0,4% afastou momentaneamente o País da recessão técnica e reduziu o desemprego – no último trimestre (encerrado em julho) o nível recuou 4,6%, vis a vis aos três meses anteriores, caindo para 11,8% no trimestre encerrado em julho.
Os fatos mais uma vez atestam a decisiva contribuição da indústria imobiliária e da construção civil para o crescimento econômico.
Apesar disso, visando economizar R$ 2 bilhões para enfrentar despesas obrigatórias e abrir espaço no teto de gastos, o governo estuda suspender novas contratações do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) em 2020 – e por período não definido.
“Faz sentido? Qual a lógica em paralisar uma atividade que pode gerar em impostos, renda, consumo muito mais do que a economia pretendida?”, questiona o presidente do Secovi-SP, Basilio Jafet.
Adicione-se que o maior programa habitacional do planeta é conquista da sociedade e uma política de Estado, não de governos.
Vamos novamente dialogar com a equipe do presidente Jair Bolsonaro.
“Neutralizar o segmento que mais impactos positivos traz para o desenvolvimento e que mais movimenta inúmeros outros setores produtivos é o que podemos definir como um autêntico tiro pela culatra”, afirma Jafet.