CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO
Terça-feira, 8 de maio de 2012.
Fábio Jr Lazzari/CMSP
Jovens da Orquestra do Instituto Grupo Pão de Açúcar se apresentaram na abertura da conferência
A abertura da 11ª Conferência de Produção Mais Limpa e Mudanças Climáticas da Cidade de São Paulo, evento preparatório para a Rio + 20 que ocorreu nesta terça-feira, no Memorial da América Latina, enfatizou a importância que a agenda ambiental vem ganhando no debate político. Para o vereador Gilberto Natalini (PV), trata-se de uma “bandeira da humanidade”, que deve ser levada por cada um, nos diferentes níveis de atuação.
O secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge, levou à mesa de abertura da conferência os resultados de uma pesquisa da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) segundo a qual 94% da população brasileira está preocupada com o meio ambiente.
“Isso mostra que quando informação circula, a sociedade avança”, disse Jorge, destacando que o mesmo estudo aponta que 52% das pessoas estão dispostas a colocar a mão no bolso e pagar mais por produtos ambientalmente equilibrados.
O secretário municipal defendeu ações pessoais que podem mudar a realidade de problemas que a cidade hoje enfrenta. Como exemplo, ele propôs a realização de compostagem nas casas para aumentar o aproveitamento do lixo orgânico, “o mais difícil de tratar”, segundo ele. Entretanto, ele não diminui a responsabilidade da Prefeitura de tratar adequadamente os resíduos sólidos e reforçar a educação ambiental, entre outras ações.
No plano estadual, o secretário do Meio Ambiente Bruno Covas afirmou que a cidade de São Paulo está sendo reconhecida nos seus esforços por se tornar mais sustentável. O governo do Estado deu ao município o Selo Verde Azul, e Covas explicou que a capital paulista atingiu mais de 80 pontos por suas ações ambientais, de um máximo de 100.
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, afirmou que nos últimos anos a cidade tem conseguido reverter um quadro de “séculos de descaso com o meio ambiente”. “Se conseguimos em São Paulo, é porque é possível em qualquer lugar do planeta”, disse.
Para o presidente da Câmara Municipal, José Police Neto (PSD), ainda há muito a ser feito nos próximos anos. “Em menos de duas décadas São Paulo terá que realizar uma transformação vigorosa, não há mais espaço para setores não cooperarem, ou cidade a agonizará”, observou.
Os vereadores Aurélio Nomura (PSDB) e Zelão (PT), membros da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal, também participaram da abertura da 11ª Conferência de Produção Mais Limpa e Mudanças Climáticas da Cidade de São Paulo.
(8/5/2012 – 14h34)