A Pesquisa de Valores de Locação Residencial, divulgada mensalmente pelo Secovi-SP, aponta ligeiro aumento de 0,64% entre novembro de 2019 e outubro de 2020, percentual bem abaixo do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), medido pela Fundação Getúlio Vargas, que registrou 20,93% em igual período. Em outubro, o valor dos contratos de locação residencial fechados na cidade de São Paulo subiu 0,60% em relação a setembro.
“Esses percentuais demonstram o amplo descolamento do IGP-M perante o valor médio dos aluguéis no acumulado dos últimos 12 meses. Esse cenário ocorreu há 17 anos. Desde então, o IGP-M, que é utilizado em 90% dos contratos, manteve o equilíbrio financeiro nas relações locatícias, o que acreditamos voltará a acontecer nos próximos meses”, analisa Adriano Sartori, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP.
Sartori diz ainda que os imóveis maiores – com 3 dormitórios – foram os que tiveram as maiores variações de preço: 1,80%, seguidos dos imóveis de 1 dormitório, que registraram variação de 0,50%. O valor do aluguel das residenciais de 2 dormitórios, segundo ele, cresceu apenas 0,30%, em média.
Metodologia
A Pesquisa de Locação Residencial do Secovi-SP monitora o comportamento do mercado de aluguéis na capital paulista. As informações estão disponibilizadas em valores por m² (área privativa de apartamentos e área construída de casas e sobrados) e estão organizadas em oito grandes regiões: Centro; Norte; Leste (dividida em duas: zona A – que corresponde à área do Tatuapé à Mooca; zona B – outros bairros dessa área geográfica, como Penha, São Miguel Paulista etc.); Oeste (segmentada em duas: zona A – Perdizes, Pinheiros e vizinhanças; zona B – bairros como Butantã e outros); Sul (dividida em duas sub-regiões: zona A – Jardins, Moema, Vila Mariana, dentre outros; zona B – bairros como Campo Limpo, Cidade Ademar etc.).
Os dados estão dispostos em faixa de valores por metro quadrado, por número de dormitórios e por estado de conservação. Por exemplo, um imóvel de três quartos na zona Norte, em bom estado, possui aluguel médio por m² de R$ 19,09, enquanto os com conservação regular R$ 16,87. Uma moradia de 90 m² nessa região tem sua locação entre R$ 1.518,30 e R$ 1.718,10. Nos bairros da zona Sul – área A, como Jardins, Moema e Vila Mariana, os aluguéis de imóveis de dois quartos, em bom estado, possuem valores médios de R$ 36,19 por metro quadrado de área útil ou construída e os imóveis em estado regular R$ 33,32. Assim, um imóvel com área em torno de 70 m² na região tem aluguel entre R$ 2.332,40 e R$ 2.533,30.
Garantias e velocidade de locação
Responsável por quase metade (47%) dos contratos, o fiador foi o tipo de garantia mais frequente em outubro. O depósito de até três meses de aluguel foi bastante utilizado no mês: 37% dos locatários preferiram essa modalidade de garantia. O seguro-fiança foi o instrumento jurídico usado em 16% dos contratos de locação residencial.
O IVL (Índice de Velocidade de Locação), que avalia o número de dias que se espera até que se assine o contrato de aluguel, indicou que o período de ocupação foi de 29 a 86 dias. Os imóveis alugados mais rapidamente foram as casas e os sobrados: 29 a 57 dias. Os apartamentos tiveram um ritmo de escoamento mais lento: 33 a 86 dias.
Confira a íntegra da Pesquisa de Locação.