Em fevereiro, o preço médio do aluguel teve variação negativa em – 0,30%.

A Pesquisa Mensal de Locação Residencial, elaborada pelo departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, aponta um pequeno aumento de 0,80% no valor médio do aluguel, no período entre março de 2020 a fevereiro de 2021, na cidade de São Paulo.

Esse percentual ficou bem abaixo do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), da Fundação Getúlio Vargas, que apresentou variação de 28,94% no mesmo período. Em fevereiro, o preço médio do aluguel teve variação negativa em – 0,30%.
 
Na avaliação de Adriano Sartori, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP, esses percentuais indicam que o mercado de locação residencial em São Paulo segue estável, com ligeira variação do valor médio do aluguel, que está descolando-se cada vez mais do IGP-M.
 
Sartori reforça a necessidade de proprietários e inquilinos continuarem abertos à negociação, ajustando o valor do novo contrato de acordo com as características do imóvel, estado de conservação, localização, preço médio vigente no mercado e se enquadrando, nesse momento, à capacidade financeira de ambos.  “Esse movimento de as partes negociarem é muito salutar para o setor imobiliário como um todo”, destaca Sartori.
 
Ainda segundo a Pesquisa de Locação, em fevereiro, duas tipologias tiveram seus valores locatícios reduzidos: os imóveis de 3 dormitórios recuaram 1,30%, e os de 1 quarto, 0,40%, em média. Já os preços dos aluguéis das residências de 2 quartos subiram 0,10%, em média.

Elaborada pelo Secovi-SP, a Pesquisa de Locação monitora o comportamento do mercado de aluguéis na capital paulista. As informações estão disponibilizadas em valores por m² (área privativa de apartamentos e área construída de casas e sobrados) e estão organizadas em oito grandes regiões: Centro; Norte; Leste (dividida em duas: zona A – que corresponde à área do Tatuapé à Mooca; zona B – outros bairros dessa área geográfica, como Penha, São Miguel Paulista etc.); Oeste (segmentada em duas: zona A – Perdizes, Pinheiros e vizinhanças; zona B – bairros como Butantã e outros); Sul (dividida em duas sub-regiões: zona A – Jardins, Moema, Vila Mariana, dentre outros; zona B – bairros como Campo Limpo, Cidade Ademar etc.).

Os dados estão dispostos em faixa de valores por m², número de dormitórios e estado de conservação. Por exemplo, um imóvel de três quartos na zona Norte, em bom estado, possui aluguel médio por m² de R$ 20,84; enquanto aqueles com conservação regular ficam em média R$ 18,56. Uma moradia de 90 m² nessa região tem sua locação entre R$ 1.671,00 e R$ 1.876,00. Nos bairros da zona Sul – área A (como Jardins, Moema e Vila Mariana), os aluguéis de imóveis de 2 quartos, em bom estado, possuem valores médios de R$ 36,44 por m² de área útil ou construída, e os imóveis em estado regular, R$ 33,63. Assim, um imóvel com área em torno de 70 m² na região tem aluguel entre R$ 2.354,00 e R$ 2.551,00.

Garantias e velocidade de locação
 
O fiador foi o tipo garantia mais frequente entre os inquilinos, respondendo por 45,5% dos contratos de locação realizados em fevereiro. O depósito de três meses de aluguel (caução) foi a modalidade usada em 39% dos contratos e o seguro-fiança respondeu por 15,5%.
 
O IVL (Índice de Velocidade de Locação), que avalia o número de dias que se espera até que se assine o contrato de aluguel, indicou que o período de ocupação foi de 24 a 80 dias. Os imóveis alugados mais rapidamente foram as casas e os sobrados: 24 a 50 dias. Os apartamentos tiveram um ritmo de escoamento mais lento: 29 a 80 dias.
 
Confira a íntegra da Pesquisa de Locação do Secovi-SP.