O final de ano geralmente é marcado pelo aquecimento do setor de comércio, tendo em vista as tradicionais festividades de Natal e Ano Novo. Nessa época, também surgem diversas oportunidades no mercado imobiliário.
No segmento de imóveis comerciais, por exemplo, um dos mais afetados pelos efeitos da pandemia de Covid-19, confirmou-se a expectativa de aumento na demanda a partir da redução gradativa das restrições. Particularmente em São José do Rio Preto, a busca por imóveis para locação ocorreu de maneira surpreendente.
Até o final do ano passado, o mercado de locação se concentrava principalmente nos bairros centrais. Com alteração do Plano Diretor em dezembro de 2020, surgiram novos produtos e diversas oportunidades em bairros ainda não explorados como residencial e que passaram para comercial, como Morumbi, Universitário, Seixas, Primavera e Fuscaldo.
Se durante um bom tempo houve razoável vacância no segmento de salas comerciais, hoje elas estão situadas em prédios novos e com estrutura moderna. Mas o estoque de alguns produtos está sendo ‘consumido’ em uma frequência bem maior. Consequência: alta demanda e pouca oferta.
Rio Preto é um município bastante atrativo, pois conta com estrutura de ensino, saúde, comércio e serviços altamente desenvolvida, sem deixar de lado a qualidade de vida típica do interior paulista.
O município está no radar de muitas empresas que pretendem mudar de endereço para se adequar aos novos formatos de escritórios e estabelecimentos comerciais, em razão da necessidade de distanciamento social e de atendimento às regras de restrição, que deverão persistir mesmo depois de eliminada a pandemia de Covid-19.
Além disso, o home office vem perdendo força, uma vez que empresas e colaboradores constataram a importância da integração das equipes. Ainda que seja mantido, o trabalho remoto deverá acontecer de maneira alternada com a atividade presencial, movimentando comércio e diversos serviços
Some-se a estes fatores o retorno do público estudantil que, além de contribuir para o aquecimento do mercado de locação residencial, também irá impulsionar o segmento comercial.
Apesar de todos esses aspectos favoráveis, não podemos deixar de abordar outro fator que tem impactado a área de locação: a trajetória de alta do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), medido pela Fundação Getúlio Vargas, que atingiu 37,04% em julho. O indicador começa agora a recuar: no acumulado de 12 meses até outubro chegou a 21,73%, percentual de reajuste que pode ser aplicado em contratos de aluguel com aniversário em novembro.
Neste aspecto, é importante destacar a negociação entre proprietários e inquilinos, tão frequente ao longo do período de isolamento social e que se consolidou no dia a dia das imobiliárias. Até porque, o diálogo é e sempre foi o melhor caminho para se chegar a um consenso.
A vacinação contra a Covid-19, o retorno da atividade econômica com força total e o bom desempenho do mercado de locação neste segundo semestre remetem a perspectivas favoráveis para o próximo ano. E que assim seja.