Cerca de 150 pessoas lotaram o auditório do jornal Cruzeiro do Sul ontem, dia 1º de outubro, para conhecer o comportamento do mercado imobiliário de Sorocaba nos últimos 12 meses em termos de lançamentos, vendas, preços e oferta.

O encontro, que foi aberto pelo vice-presidente do Interior e diretor da Regional Sorocaba do Secovi-SP, Flavio Amary, indicou como os empresários deste segmento devem se comportar diante do atual cenário econômico do País.

Segundo o economista-chefe do Sindicato da Habitação, Celso Petrucci, o atual momento tem impactado bastante em grandes mercados, como o da capital paulista. “O aumento da inflação e da taxa de desemprego e a redução do PIB e do rendimento médio das famílias têm forte reflexo no setor, levando à queda dos lançamentos na cidade de São Paulo”, explica.

De acordo com Petrucci, o mercado imobiliário da cidade de Sorocaba está menos retraído devido a fatores como aumento do PIB (Produto Interno Bruto) do município, que representa 5% do montante do Estado e o acréscimo de novos domicílios.

“O PIB de Sorocaba vem crescendo de forma constante desde 2000, com uma variação de 9,72% de aumento ao ano. Em 10 anos, houve uma elevação de 44 mil domicílios na cidade, variação 46 % superior à observada no Estado de São Paulo. Além disso, 27% da população sorocabana têm entre 20 e 34 anos, faixa etária que está buscando uma nova moradia seja porque casou-se, está divorciando ou saindo da casa dos pais”, esclarece o economista.

Para o vice-presidente do Interior e diretor regional do Secovi-SP, Flavio Amary, o momento é propício para quem deseja adquirir um imóvel. “Nosso estudo apontou que há lançamentos em todas as regiões da cidade, principalmente de dois dormitórios. As condições de crédito e financiamento estão menos favoráveis, mas existem também excelentes oportunidades de negócios para quem quer realizar o sonho da casa própria”, diz Amary.