Os cuidados com essa parte integrante da identidade das cidades deve ser prioridade dos governantes
Ruas de qualidade, praças e outros espaços públicos bem projetados e cuidados são cada vez mais críticos para o bem-estar, principalmente dos mais pobres e vulneráveis, que muitas vezes não têm casas e jardins espaçosos que possam desfrutar.
Além de refletirem a alma das cidades, os espaços públicos constituem-se em áreas de convivência que podem potencializar positivamente a interação e a inclusão social.
O espaço público não é apenas um aglomerado de ruas e praças entre edifícios. É o alicerce de nossas comunidades. Ele define a cultura de uma cidade, ao moldar como as pessoas vivem e vivenciam a área urbana. Tem potencial para criar sentimento de pertencimento, vibração cultural e, dessa forma, promover a felicidade e o bem-estar dos cidadãos.
Assim, o espaço público deve ser um lugar que as pessoas usam não apenas como transição para passagem de um local para outro, mas como ambiente que as convida a pararem e a experimentá-lo. E isso depende de sua concepção em termos de estética, acessibilidade, manutenção, conforto, segurança, disposição do mobiliário urbano, materiais de acabamento e zoneamento de atividades.
Nos últimos anos, a atitude em relação ao espaço público vem mudando gradualmente, redescobrindo-se sua importância como parte integrante da identidade das cidades e solidificando- se o conceito de que sua reabilitação envolve reestruturar e modernizar o tecido urbano para torná-lo mais funcional e atrativo.
No futuro, assim como nos dias de hoje, o sucesso das cidades estará diretamente ligado à seriedade com que os governantes encaram a requalificação de seus espaços públicos. Esta é uma agenda que todos nós, como sociedade, temos de acompanhar e cobrar.