O mercado de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo não ficou imune à redução no nível da atividade econômica percebida nos últimos meses de 2008. E a situação poderia ter se complicado no início deste ano, por conta dos efeitos sazonais que caracterizam a atividade imobiliária.

Em meio a esse cenário, o mercado reagiu. O ritmo de comercialização expresso pelo indicador Vendas Sobre Oferta (VSO), em porcentagem, foi de 10,3% em abril, diante de 10,7% de março. Ou seja, o mercado manteve o desempenho percebido no mês anterior, conforme aponta levantamento mensal desenvolvido pelo Departamento de Economia do Secovi-SP. Com isso, a performance média do primeiro quadrimestre passou a ser de 8,6%, superior ao registrado no período de janeiro a março, de 8%.

“Logicamente, o desempenho deixa a desejar em relação aos primeiros quatro meses de 2008, quando, a cada mil unidades ofertadas, vendiam-se 141. Porém, está próximo da média de igual período de 2006, de 8,8%”, observa o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.

Comercialização e lançamento – Com o escoamento de 1.953 unidades habitacionais verificado em abril, a cidade de São Paulo registrou a comercialização de 6.784 unidades nos quatro primeiros meses do ano.

Chama a atenção a diferença na quantidade de lançamentos e vendas neste ano. De acordo com a Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio – Embraesp, no período de janeiro a abril, foram lançadas na capital paulista 4.215 unidades. O total de moradias comercializadas neste ano foi 61% superior ao número de unidades lançadas.

“Além de se adequar à realidade, os empreendedores devem estar estudando a atual conjuntura para sentir a temperatura do mercado antes de lançar eventuais projetos que tenham em estoque”, opina o presidente do Secovi-SP, João Crestana.

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