“Impermeabilização, vedações verticais e revestimentos de fachadas” foi o tema de mais uma edição do tradicional Seminário de Insumos, promovido pelo Secovi-SP dia 30/10, em sua sede, com a participação e ampla abordagem de diversos especialistas.

Organizado pela vice-presidência de Tecnologia e Relações de Mercado do Sindicato, por meio da diretoria de Insumos e Tecnologia – sob o comando de Marcos Velletri e Ricardo Bunemer –, o evento apresentou as novidades tecnológicas em projetos, produtos e serviços, que resultam em aumento da qualidade da obra, com redução de custos, antes, durante e após a ocupação dos imóveis – sempre com foco na melhoria da qualidade de vida dos seus usuários.

Na abertura do evento, o vice-presidente da área, Alberto Du Plessis Filho, homenageou o engenheiro Sergio Vieira da Silva, falecido há dois anos. “Em nome do presidente do Secovi, João Crestana, faço esta homenagem a um colega de primeira grandeza, com quem tivemos o prazer de compartilhar muitos momentos. Uma pessoa alegre, feliz, que sempre emprestou muita dedicação e esforço às atividades do Sindicato”, afirmou o dirigente, ao entregar a placa de prata a Renato Bruno Vieira da Silva, filho do homenageado.

Palestras

A engenheira Nelma Christina Scarlet Alves abriu a série de palestras com uma breve apresentação do IBI – Instituto Brasileiro de Impermeabilização, entidade da qual é presidente e que reúne vários segmentos. Ela destacou os atuais desafios em relação à capacitação profissional, gestão de resíduos e certificação de obras, entre outras frentes. Mencionou como positiva a parceria Secovi-IBI que culminou no Manual de Escopo da Impermeabilização. “Esperamos que o manual seja bem consultado, para que se tenha condições míninmas de contratar o serviço”, disse, acrescentando que as palestras seguintes ilustram o mercado de impermeabilização. “É indispensável reconhecer o esforço do IBI em uma área de grande importância para o nosso setor”, emendou Marcos Velletri, coordenador da primeira parte do evento.

“Impermeabilização como qualidade de vida” – o tema foi desenvolvido pelo engenheiro Marcos Storte, gerente de Negócios da Viapol Ltda, que expôs as dificuldades enfrentadas pelo usuário do imóvel e os benefícios que a técnica proporciona na conservação do patrimônio. “Queremos entregar um produto durável e, para tanto, é necessário estanqueidade”, afirmou, lembrando que a qualidade de vida é um amplo espectro a ser explorado e que vazamento é um dos principais problemas apontados por usuários.

Ele fez um breve histórico de experiências do passado, citando, por exemplo, levantamento feito pelo Crea-PE, em 1997, que gerou algumas conclusões importantes sobre a questão, como: 8 em cada 10 usuários tiveram, têm ou terão problemas com infiltração; maior incidência é em áreas molhadas (banheiros, cozinhas, áreas de serviço, etc); 25% em prédios até 2 anos de construídos; dos prédios com fissuras, 98% apresentaram infiltração. Citou ainda seminário Patologia da Água, promovido em 2000 pelo Sinduscon e Ademi-PE, com foco em fachadas e revestimentos cerâmicos. “De oito anos para cá, mudamos o jeito de fazer a obra. Manual será grande contribuição. Todo o esforço é para entender que está em nossas mãos – da indústria da construção – fazer algo pela qualidade de vida no mundo”.

Storte comentou que o custo da impermeabilização durante a obra é baixo (em torno de 2%), mas, com esse investimento o empreendedor garante o investimento total (98%). “Todos querem um bem durável, tanto nós, que projetamos, quanto os usuários”, concluiu.

Ainda dentro do tema, o engenheiro Anderson Mendes de Oliveira, da área de Desenvolvimento de Mercado da Lwart Proasfar Química Ltda., falou sobre “Desempenho de Sistemas Impermeabilizantes: durabilidade, garantia e responsabilidade”. Em foco, o impacto da Norma de Desempenho nas novas construções e o papel da impermeabilização na durabilidade dos empreendimentos. “A partir de 2010, as empresas teráo de cumprir a norma para melhorar o desempenho e evitar patologias”, alertou.

Oliveira comentou sobre recente queda de marquise no Rio de Janeiro e lançou um desafio: será que foi eventual? Não, respondeu o engenheiro, adicionando que em rápida pesquisa encontrou uma série de casos. “Onde estamos negligentes? Será que estamos pensando na salubridade do ambiente?”, questionou e enfatizou que “temos o conhecimento, a informação e a obrigação de evitar as patogias”.

Em outros países, segundo Oliveira, ações da natureza danificam as edificações, mas os construtores e técnicos buscam formas de minimizar seus efeitos. No Brasil, disse, a água é um dos principais recursos naturais e não é levada a sério em vários sentidos.

Novos escopos

Logo após o seminário, aconteceu o coquetel de lançamento dos Manuais de Escopos de Contratação de Projetos e Serviços de Impermeabilização e Vedação e Revestimento, que se integram a bem-sucedida série disponibilizada por meio eletrônico.

Desde em junho de 2006, quando entidades envolvidas com a área de projetos lançaram os primeiros escopos, foram registrados mais de 63 mil downloads dos manuais – considerado um manual de sobrevivência para as pequenas e médias empresas e não menos importante para as de grande porte também. Para conferir as áreas abrangidas, conhecer e obter gratuitamente os escopos, basta acessar www.manuaisdeescopo.com.br e fazer o cadastro.

Com parte da renda destinada ao Projeto Ampliar, o evento teve apoio do Instituto Brasileiro de Impermeabilização, além de patrocínio de Viapol, Vedacit, Lwart, Denver, Sika e Bloco Brasil.